quinta-feira, 29 de abril de 2010

2º Ano - Prova final 1º Bimestre

Prova 2º ano
1ª Questão: Situação de Aprendizagem 1 – Que mundo é esse?
O 1º mapa apresentado é de autoria de Henricus Martellus Germanus é o nome latinizado de Heinrich Hammer, um cartógrafo alemão que viveu e trabalhou em Florença no período de 1480 a 1496.
Por volta de 1489 ou 1490, ele produziu um mapa mundial que era semelhante ao globo terrestre posteriormente produzido por Martin Behaim, em 1492, o Erdapfel. Ambos mostram influências pesadas de Ptolomeu, e ambos derivam possivelmente mapas criados cerca de 1485 em Lisboa por Bartolomeu Colombo, irmão de Cristóvão Colombo.

Já o segundo, é de autoria de Santo Isidoro de Sevilha. Cópia do final do século XIII.

Comparando os dois mapas, vocês deverão responder:

Quantos séculos de intervalo há na produção de cada um dos mapas?
Quais as diferenças entre as orientações dos pontos cardeais no mapa de Henricus Martellus e no de Isidoro de Sevilha?
Por que a África é muito detalhada no mapa de Henricus Martellus?
Por que o Oriente, de maneira geral, é pouco detalhada no mapa de Martellus?
Como podemos perceber a influência do pensamento renascentista no mapa de Martellus?


2. Situação de Aprendizagem 2 – As indulgências e os protestantes.

Leia o texto abaixo e responda as duas questões:

“43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando o pobre ou emprestando ao necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências.
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgências.”

O que eram as indulgências?
Qual a opinião de Lutero sobre as indulgências?


3. Situação de aprendizagem 3 – A Utopia, O Príncipe e a Cocanha.

a. “ Os utopianos vivem em paz e amizade uns com os outros. Nenhum magistrado se mostra orgulhoso ou temível. Chamam-lhes pais, e, de fato, agem com tal. Os cidadãos prestam-lhes as devidas homenagens, espontaneamente, agem qualquer coação.
O próprio príncipe não se distingue dos outros cidadãos por vestiário principesco, nem por coroa, diadema real ou manto, mas por um pequeno feixe de trigo que leva consigo.
Os utopianos admiram-se de que seres razoáveis possam se deleitar com a luz incerta e duvidosa de uma pedra ou de uma pérola, quando têm os astros e o sol com que encher os olhos. Encaram como louco aquele que se acredita mais nobre e mais estimável só porque está coberto de uma lã mais fina, lã tirada das costas de um carneiro, e que foi usada primeiro por este animal. Admiram-se que o ouro, inútil por sua própria natureza, tenha adquirido um valor fictício tão considerável que seja muito mais estimado do que o homem; ainda que somente o homem lhe tenha dado este valor e dele se utilize, conforme seus caprichos. “
MORUS, Thomas. Utopiahttp://www.ebooksbrasil.org/eLibris/utopia.html

Por que Morus chamou sua ilha de utopia?

b. “Deve o príncipe, não obstante, fazer-se temer de forma que, se não conquistar o amor, fuja ao ódio, mesmo porque podem muito bem coexistir o ser temido e o não ser odiado: isso conseguirá sempre que se abstenha de tomar os bens e as mulheres de seus cidadãos e de seus súditos e, em se lhe tornando necessário derramar o sangue de alguém, faça-o quando existir conveniente justificativa e causa manifesta. Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio. Além disso, nunca faltam motivos para justificar as expropriações, e aquele que começa a viver de rapinagem sempre encontra razões para apossar-se dos bens alheios, ao passo que as razões para o derramamento de sangue são mais raras e esgotam-se mais depressa.”
MAQUIAVEL, Nicolau. http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/principe.html

Qual a lição de política presente no texto e você acha que esta se aplica aos políticos atuais? Por quê ?

4- Situação de Aprendizagem 4 – Interações Culturais

“Tem alma os índios e os negros? Onde foram parar os terríveis monstros marinhos e a zona tórrida do Equador, capaz de tudo queimar? Cadê o caos ? Por que povos tão bárbaros e infiéis conseguiram acumular tantas riquezas ? Como pessoas tão simples e ingênuas conseguem aparentar tanta felicidade ? Como essa gente pode viver sem o verdadeiro Deus ? Quem explica esta indiferença, esse desprezo pelo ouro, enquanto nós matamos e morremos por ele ? Afinal – quem tem razão – esses povos ou nós ? Que sei eu ? Essas foram perguntas que europeus do século XVI se fizeram . ...”
(Amado J e Garcia L.F. Navegar é preciso . São Paulo . Atual , 1987, p. 62)

No que se refere aos desdobramentos desse encontro entre europeus e não europeus assinale a alternativa correta:

a. Foi uma das convivências mais fascinantes para os europeus. Eles deixaram de lado suas crenças e entenderam de pronto as características deste novo povo.
b. Os europeus respeitaram este novo povo.
c. Para os não europeus foi um avanço e tanto pois de um momento para o outro se tornaram cidadãos europeus, com os mesmos direitos.
d. A partir do contato com os europeus, os não europeus tiveram que reorganizar sua maneira de viver, o que implicou em uma nova configuração da cultura anteriormente existente, transformada pela presença dos europeus e seus valores.
e. Todas estão certas.

5. Filme Elizabeth

“O filme analisa a Inglaterra absolutista de Elizabeth I (Isabel, a Rainha Virgem), que subiu ao trono em 1558 para tornar-se a mulher mais poderosa do mundo.

No reinado anterior de sua meia irmã Mary I, a Inglaterra encontrava-se à beira do caos com a repressão do governo aos protestantes. Com a morte de Mary, Elisabeth Tudor, filha de Henrique VIII (o rei das seis esposas), com Ana Bolena, assume o comando do reino, iniciando o mais glorioso governo da Dinastia Tudor.

Para impedir que o país fosse destruído, Elizabeth decide enfrentar todos inimigos internos e externos que ameaçavam a Inglaterra, abdicando de sua própria vida pessoal em nome de seu povo.

No contexto de transição para a Idade Moderna o reinado de Elizabeth I foi fundamental para desintegração do feudalismo, onde a frágil monarquia medieval evoluiu na direção de uma monarquia centralizada e forte, contribuindo para expansão do capitalismo.”

No inicio do filme, após sua coroação é dito que o corpo e a pessoa da Rainha não mais lhe pertenciam e sim ao Estado e ao final do filme ela diz que se casou com a Inglaterra. Como estas passagens podem ser identificadas com a idéia de um Estado Absolutista?






RESPOSTAS:

1.

Há um intervalo de dois séculos de um para outro, pois o de Isidoro de Sevilha é do século XIII, enquanto que o de Henricus Martellus é do século XV.

No mapa de Isidoro de Sevilha há uma desorientação quanto aos pontos cardeais. Já no de Henricus Martellus percebemos uma orientação mais real, pois já contavam com alguns instrumentos de navegação.

No mapa de Martellus, de 1489, já existiam mais informações à cerca dos descobrimentos marítimos e das viagens marítimas, por isso a África é muito mais detalhada neste mapa, porque aquela parte do mundo já era muito mais conhecida e explorada.

Porque este mapa é o ultimo testemunho de um mapa-múndi que mostra apenas o hemisfério oriental, o Velho Mundo, quase na aurora dos descobrimentos Atlânticos.

Nos mapas medievais notamos a falta de preocupação com as dimensões e as distâncias reais, sempre é reservado um espaço maior para as regiões historicamente mais importantes numa perspectiva cristã, é o "teocentrismo". Percebemos então neste mapa de Martellus, o "antropocentrismo", o homem como centro do Universo, a necessidade do homem de representar o espaço geográfico tal como ele é, observando a natureza, usando o racionalismo, as relações entre o pensamento clássico e religioso.

2.

a. Indulgências - carta emitida pela igreja que dava perdão aos mortos e vivos, normalmente mediante um pagamento.
b. Entre outras criticas ao catolicismo, condenava a venda de indulgências e propunha a que deveria ensinar aos cristãos que, dando o pobre ou emprestando ao necessitado, procederiam melhor do que se comprassem indulgências. Também que se deve ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundância, devem conservar o que é necessário para sua casa e de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgências.

3.

a. Utopia significa a idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. A palavra foi criada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe".
b. Defende a concentração de poder do príncipe, sendo que o rei poderá usar até a violência para manter o seu poder, mas nunca deve apropriar-se dos bens de seus súditos. Na atualidade as pessoas possuem uma visão diferente, não aceitando determinadas posturas. Esta pode ser uma definição se a opção for pelo Não, mas a política atual ainda pode mostrar que alguns agem de forma onde os fins sempre justificam os meios.


4. Resposta correta “D”.

5. A teoria do poder absoluto apresentava o rei como representante de Deus na Terra, defensor da Igreja a e da pátria, protetor das artes, legislador e representante do Estado, cujos interesses estavam acima dos interesses particulares, ou seja, a “pessoa” da rainha mistura-se com o Estado, não se conseguindo separar um do outro.

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