segunda-feira, 25 de outubro de 2010

2º Ano - Lição Aprendizagem 3 - Abolição e Imigração

O que as camélias têm a ver com a libertação dos escravos?


Ex-escravos cobrem de camélias retrato da princesa Isabel

O português José de Seixas Magalhães, dono de fabricação e comércio de malas, poderia passar despercebido na história nacional caso não tivesse uma chácara na zona sul carioca. Lugar onde escravos fugidos cultivavam flores, conhecido por Quilombo do Leblon. Flores que viraram símbolo do movimento abolicionista, lindas camélias vendidas pela cidade. Quem as ostentasse na lapela ou no jardim demonstrava seu protesto antiescravista.
Assim como o Quilombo do Jabaquara, em Santos, o do Leblon tinha lideranças articuladas e contribuiu para o êxito do movimento. Seixas levava as “subversivas” camélias para a princesa Isabel, que as cultivava e com elas adornava os vestidos.
Em fevereiro de 1888, Isabel promove a primeira “batalha das flores”, festa para arrecadar fundos para a libertação dos escravos. Choque nas elites e até entre os republicanos. O movimento tomou força e, em 13 de maio, pouco depois de assinada a Lei Áurea, o presidente da Confederação Abolicionista, João Clapp, entregou à princesa um buquê de camélias artificiais.
Seixas chega logo atrás com um belíssimo buquê, do Quilombo do Leblon. Para o jurista Ruy Barbosa, “a mais mimosa das oferendas populares”. Nos jardins da Casa de Ruy Barbosa sobrevivem três pés de camélias. Dois na frente da casa e o terceiro, bem debaixo da janela do quarto dele. Camélias que estão florindo até hoje.

Fonte: http://www.almanaquebrasil.com.br/o-brasil-em/o-que-as-camelias-tem-a-ver-com-a-libertacao-dos-escravos/

2º Ano - GUERRA SECESSÃO america

A GUERRA CIVIL AMERICANA




DEFINIÇÃO DE SECESSÃO:
1: Ato de separar do que estava unido; separação
2: Separação de uma porção da unidade política para constituir outra
O QUE FOI ESTA GUERRA CIVIL
Depois da independência americana (1776) houve grande crescimento do país.
A população aumentou rapidamente, estimulada pela imigração.
Integração de novos territórios por meio de aquisição e conquistas transformou os EUA num grande país (Luisiana, Flórida, Texas, Oregon, Nevada, Califórnia, Utah, Arizona e Novo México).
O país ficou com uma superfície de 7800.000 Km quadrados.
De 23 estados em 1820, passou para 33 em 1860.
A população, no mesmo período, aumentou de 9.600.000 para 31.300.000 habitantes.
Expansão para o Oeste em 1848-1840 em virtude da corrida do ouro na Califórnia.

Contradições sociais, econômicas e políticas:
Norte (industrial e moderno)
Sul (agrário-exportador e tradicional/escravista) foram se intensificando.
A Guerra de Secessão ampliou militarmente essas contradições

Na base dos conflitos estava a questão dos escravos e a própria unificação do país.
O resultado geral do conflito representou a vitória do Norte industrializado e o derrota do Sul aristocrática/rural/escravista, num saldo catastrófico:
970 mil vítimas.

1ª Guerra Mundial (1914-1918), 116.000 mortos americanos / 19 milhões no total.
2ª Guerra Mundial (1939-1945), 292.000 mortos americanos/ 72 milhões no total





O ano de 1860 marcou o início da arrancada econômica dos Estados do Norte, por causa da industrialização.
O Sul teve incremento econômico estimulado pela exportação de algodão para a Europa.
O Sul queria tarifas de importação baixas, e o Norte, reivindicava proteção tarifária para defender-se da concorrência estrangeira.
O que o Norte desejava era a formação de um mercado interno: ele compraria algodão do Sul transformando-o em produto têxtil para o consumo.
No Sul o trabalho escravo era o motor da produção agrária, com a proibição internacional do tráfico o preço da mão-de-obra escrava subiu substancialmente.

No Norte cresce o movimento abolicionista, influenciado pelos ideais do iluminismo e do liberalismo, bem como, nas idéias protestantes calvinistas.
Willian Garrison fundou o jornal “O Libertador” que rapidamente transformou-se no mais importe porta-voz dos abolicionistas.

O “Acordo do Mississipi” (1820) que autorizava a escravidão somente nos Estados do Sul, passou a ser usado pelos abolicionistas para libertar os negros da escravidão apoiando a fuga.
Publicação do romance abolicionista “A cabana do Pai Tomás” que vendeu 300 mil exemplares.
Antes de 1850 já haviam 200 mil abolicionistas organizados em mais de 2 mil associações.

A Califórnia quebrou o “Acordo de Mississipi” ao decidir abolir a escravidão.
Um novo acordo em 1850 no qual delegava aos eleitores de cada Estado o direito de decidir sobre a escravidão.
Em 1854, foi criado o “Partido Republicano” que abraçou a causa abolicionista.

A escravidão mudou a vida política da nação americana, a divisão entre as posições tomou um sentido geográfico, separando o Norte do Sul.
Em 1860 Abraham Lincoln (Partido Republicano) vence as eleições para a presidência dos EUA.


Presidente
Abraham Lincoln
A GUERRA DA SECESSÃO
A Carolina do Sul foi a primeiro estado a desligar-se da União, a 20 de dezembro de 1860.
Pouco a pouco mais seis estados seguiram seu exemplo.
Sete estados decidiram constituir uma nova União: “Os Estados Confederados da América” e Jefferson Davis foi nomeado presidente provisório.
A capital era Richmond (Virgínia), mais tarde outros quatro estados se uniram à confederação.

A correlação de forças era totalmente desfavorável ao Sul:
Dos 31 milhões de habitantes do país, mais de 20 milhões viviam no Norte, dos habitantes do Sul 3,5 milhões eram escravos.
O Sul dispunha apenas de uma fábrica de armamentos pesados, enquanto o Norte já contava com um excelente parque industrial e uma poderosa estrada de ferro.
O Sul, em 22 de setembro de 1862, foi abolida a escravidão apenas nos estado rebeldes.

A abolição definitiva somente tomou forma em 31 de janeiro de 1865, mas sem nenhum programa de ajuda ou adaptação o que prolongou a desigualdade e injustiça racial nos EUA.
A 9 de abril de 1865 o general Lee pediu ao general Grant os termos da rendição. A guerra civil deixava um saldo de + de 900 mil mortos, o Sul devastado, a economia desorganizada e uma legião de negros marginalizados.

Alguns anos depois (1865) Lincoln foi assassinado.
Somente em 1877 com a retirada das tropas do Norte do território sulista é que a vida política se normalizou.

A Guerra da Secessão deve ser observada como ato de força a fim de unificar o país, nesse sentido, está muito próxima das unificações de outras nações, como a italiana e alemã, visto que a guerra civil, apesar do resultado imediato negativo, foi o evento significativo de formação da nação americana moderna, criando as condições para o desenvolvimento capitalista no país.

O exército da União, no início da guerra, era composto de aproximadamente 11 mil soldados.
O exército da Confederação era ainda menor, por volta de seis mil soldados.
Em abril de 1861, o Congresso americano aprovou uma convocação inicial de 65 mil homens - todos voluntários - para fazer frente ao ataque sulista.
No começo da guerra a União e a Confederação utilizavam apenas voluntários como soldados - participava da guerra quem quisesse.

A duração da guerra e os números de baixas diminuíram o entusiasmo pela população de ambos os lados pela guerra e o número de voluntários acabou por cair. O alistamento forçado acabou por ser instituído em ambos os lados ao longo da guerra.
Na Confederação, o alistamento forçado foi instituído em abril de 1862, forçando todas as pessoas brancas do sexo masculino entre 18 a 35 anos de idade e em boas condições de saúde a servirem no exército por três anos.

Em fevereiro de 1864, foram estendidos para 17 a 50 anos.
A União instituiu o alistamento forçado em março de 1863, para pessoas, sem distinção de raça, do sexo masculino, entre 20 a 45 anos de idade.
Mulheres, em momento algum, foram autorizadas a lutar em ambos os lados, embora algumas tivessem se disfarçado como homens, e lutado por suas federações.

A guerra foi chamada por vários soldados como "guerra entre homens ricos, lutas entre homens pobres".
O recrutamento forçado possuía suas exceções:
Em ambos os lados, homens que, pelas regras do recrutamento forçado, teriam de servir no exército, poderiam contratar um substituto - geralmente, um homem pobre e sem trabalho - para lutar em seu lugar.

Outra medida também contribuiu nos esforços de guerra - ambos os lados permitiam que qualquer homem formasse um pequeno regimento ou uma força mercante a serviço de sua federação, sendo que tais grupos recebiam uma soma do governo.
O Norte instituiu um tipo especial de pagamento, bounty payments. Quando uma pessoa entrasse à força militar da União voluntariamente, ele era recompensado com uma soma em dinheiro. Esta medida, porém, também causou um problema: várias pessoas alistavam-se voluntariamente, usando nomes falsos, recebiam a soma em dinheiro, e após isto, desertavam. Muitos deles inclusive alistavam-se e desertavam seguidamente, usando vários nomes falsos.

Cerca de 180 mil afro-americanos lutaram pela União, e cerca de dois terços deles eram ex-escravos sulistas que fugiram para o Norte, em busca de liberdade.
Mais 25 mil afro-americanos atuaram na marinha naval da União, aberta aos afro-americanos anos antes da Guerra da Secessão. Lincoln certa vez disse que a "participação dos negros na guerra foi muito importante, se não indispensável".
As condições de vida dos soldados que lutaram na Guerra Civil Americana eram precárias.
Os soldados eram muito mal pagos.
As roupas eram precárias, feitas de lã crua, não processada que desmanchavam na primeira chuva.
Muitos soldados também não recebiam calçados - especialmente na Confederação, onde a grande maioria dos soldados lutou descalça.
A alimentação dos soldados consistia primariamente em trigo, milho, carnes e frutas secas.

A higiene dos soldados da guerra era precária. Como conseqüência, mortes devido a cólera, disenteria e outras doenças do sistema intestinal foram comuns ao longo da guerra, tanto quanto o número de mortes causadas por ferimentos de batalha.

Nenhum programa governamental foi previsto para a integração profissional e econômica do Sul aos Estados Unidos da América.
O Sul perdeu toda sua influência política, econômica e cultural nos Estados Unidos.
Enquanto o conflito assolava os estados americanos, a exportação de algodão pelos estados do Sul ao Reino Unido ficou prejudicada - o setor têxtil inglês passou a importar algodão de duas de suas colônias - o Egito e a Índia, e também incentivando outros países produtores de algodão - inclusive, o setor algodoeiro no Brasil.
Foi o "surto nas exportações brasileiras de algodão".
A Guerra Civil Americana causou a urbanização das terras do oeste e das áreas centrais norte-americanas, contribuindo ainda mais para o crescimento da economia, a expansão industrial e o desenvolvimento do capitalismo dos Estados Unidos.
Apesar das dificuldades financeiras , o Norte cresceu de maneira surpreendente, principalmente na metalurgia, transporte ferroviário, armamentos e naval.

Houve ganhos no campo da medicina, escolas e instituições de ensino superior.
O comércio cresceu de maneira exponencial, espalhando-se para todo o território americano.
O padrão de cultura dos Estados Unidos passou a ser o ideal nortista de "trabalho duro, educação e liberdade econômica a todos", e que eventualmente, faria dos Estados Unidos a maior potência econômica do mundo.

2o ANO - O DESTINO MANIFESTO

A conquista da independência alcançada pelos Estados Unidos promoveu um notável processo de crescimento econômico e populacional. Mais do que isso, a vitória contra os antigos laços coloniais foi apenas o primeiro passo para que outras conquistas viessem a ser logo empreendidas por essa mesma população. Nesse contexto, observamos o expressivo alargamento das fronteiras da nação norte-americana rumo ao norte e ao sul de um imenso espaço inexplorado.

A primeira das conquistas estabelecidas pelos Estados Unidos aconteceu em 1803, quando o governo negociou a compra da Louisiana junto aos franceses. Pouco tempo depois, no ano de 1819, o governo conseguiu adquirir a Flórida anteriormente controlada pelos espanhóis. Essa mesma política de compra territorial também aconteceu no Alasca – comprado dos russos em 1867, e na conquista do Oregon – região que anteriormente pertencia aos domínios do Império Britânico.

No caso de conquista da região do Texas, os Estados Unidos tiveram que empreender uma guerra contra o México. Desde as primeiras décadas do século XIX, colonos norte-americanos se instalavam de forma ilegal ou consentida nos territórios texanos empreendendo formas autônomas de organização de suas áreas de influência. Com o passar do tempo, o não reconhecimento da autoridade política mexicana incitou os colonos daquela área a travarem uma guerra contra os mexicanos.

A vitória contra os mexicanos aconteceu paralelamente ao processo de ocupação das terras a oeste. A busca e o controle dessas terras motivaram diversos colonos e imigrantes europeus a tentarem a sorte buscando um pedaço de terra onde poderiam alcançar uma vida mais próspera. É importante ressaltar que nessa corrida, um violento conflito contra as populações indígenas promoveu, décadas mais tarde, as famosas histórias que marcaram os filmes de faroeste.

Contudo, mesmo sendo marcada pela violência e pelas guerras, a expansão dos Estados Unidos até o extremo oeste recebeu uma significativa justificação ideológica, a doutrina do Destino Manifesto, que colocou os colonos norte-americanos como divinamente destinados a promover a conquista dessas novas terras. A ambição e o interesse econômico ganharam um arrebatador apelo religioso que legitimava os conflitos e massacres que marcaram esse episódio na história norte-americana.

Todas essas conquistas territoriais foram de fundamental importância para que os Estados Unidos acelerassem o seu processo de desenvolvimento agrícola e industrial. No setor agrário, o país conseguiu ampliar sua produção de trigo, milho e algodão. Além disso, a criação de ovinos, suínos e bovinos significou outra frente de fortalecimento da pecuária estadunidense. Na indústria, o crescimento dos mercados consumidores e o investimento em infra-estrutura dinamizaram a economia nacional.

Os ganhos alcançados por meio de tantas conquistas foram a prova fundamental que comprovava a doutrina do Destino Manifesto. Com isso, essa sociedade mobilizada em torno do objetivo de conquistar terras construiu uma auto-imagem de uma nação eleita por Deus para civilizar novas terras e prosperar economicamente. Dessa forma, estavam estabelecidas as condições e o sentimento que transformaram as antigas Treze Colônias em uma grande potência mundial.


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

domingo, 24 de outubro de 2010

2o Ano - 4o Bimestre- Expansão para o Oeste e Destino Manifesto (EUA)

FORMAÇÃO DAS SOCIEDADES NACIONAIS E ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL NOS ESTADOS UNIDOS, NO SÉCULO XIX.
EXPANSÃO PARA O OESTE AMERICANO

As Colônias do Norte ou Nova Inglaterra :
Província de New Hampshire mais tarde o estado de New Hampshire
Província da Baía de Massachusetts mais tarde os estados de Massachusetts e Maine
Colônia de Rhode Island mais tarde o estado de Rhode Island
Colônia de Connecticut mais tarde o estado de Connecticut


As Colônias Centrais
Província de Nova Iorque (Nova Iorque e Vermont)
Província de Nova Jérsei (Nova Jérsei )
Província de Pensilvânia (Pensilvânia)
Colônia de Delaware (Delaware)

As Colônias do Sul
Província de Maryland (Maryland)
Colônia e Domínio da Virgínia (Virgínia, Kentucky e Virgínia do Oeste)
Província da Carolina do Norte (Carolina do Norte e Tennessee )
Província da Carolina do Sul (Carolina do Sul )
Província da Geórgia (Geórgia)


As colônias inglesas da América do Norte eram bem diferentes da maioria das colônias existentes no mundo.
Apesar de estarem divididas, as 13 colônias inglesas, de um modo geral, tinham certa autonomia em relação a metrópole.

As colônias do Norte eram típicas de povoamento, utilizando mão-de-obra assalariada, tendo liberdade de comercializar seus produtos, já que não havia nenhum interesse da coroa inglesa em explorar tal região em virtude de terem as mesmas condições climáticas da metrópole. Com isso, qualquer produto cultivado naquele local também poderia ser cultivado e produzido na Inglaterra.

As colônias do Sul, de exploração, utilizavam mão-de-obra escrava. Mercado externo e relação comercial mais estreita com a metrópole.
Controle não tão rigido da Inglaterra.
O "Pacto Colonial" existia em teoria. A Inglaterra se sentia satisfeita em ter relação comercial com o sul e não se preocupava em impor às 13 colônias, o cumprimento do "Pacto", no qual elas deveriam consumir produtos manufaturados somente da sua metrópole.

As colônias localizadas ao centro, tinham características variadas, sofrendo influência tanto das colônias do Norte, quanto das do Sul.


Quais as motivações para a expansão para o Oeste ?

Após a derrota de Napoleão Bonaparte na Europa, e da realização do Congresso de Viena, em 1815, uma era de relativa estabilidade iniciou-se na Europa.
Os americanos passaram a prestar menos atenção na Europa e mais para o desenvolvimento interno.
Na primeira metade do século XIX, milhares de americanos e imigrantes europeus moveram-se em direção aos novos territórios obtidos pelos Estados Unidos da Inglaterra e da França e além das fronteiras americanas, instalando-se em terras estrangeiras, como o Oregon (então controlada pelo Reino Unido), e a Califórnia e o Texas (então controladas pelo México.

FATORES / MOTIVOS PARA A EXPANSÃO:
Ampliação de fronteiras e busca de terras para agricultura;
Busca de matérias-primas e expansão capitalista;
Ida de imigrantes europeus para os Estados Unidos motivados pelo desejo de posse de terras;
Melhoria nas condições de vida;
Busca por ouro;
Liberdade religiosa.
Observar que esta expansão levou a opressão e dizimação dos povos indígenas.








DOUTRINA MONROE




A Doutrina Monroe foi anunciada pelo presidente James Monroe (presidente de 1817 a 1825) em sua mensagem ao Congresso em 2 de dezembro de 1823:
Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia […] “

A frase que resume a doutrina é: "América para os americanos“ e seu pensamento consistia em três pontos:

Não criação de novas colônias nas Américas;

Não intervenção nos assuntos internos dos países americanos;

Não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países europeus como guerras entre estes países e suas colônias.

Reafirmava a posição dos Estados Unidos contra o colonialismo europeu, segundo a qual "a Europa tinha um conjunto de interesses elementares sem relação com os nossos ou senão muito remotamente" (Discurso de despedida do Presidente George Washington, em 17 de Setembro de 1796), e desenvolvia o pensamento de Thomas Jefferson : "a América tem um Hemisfério para si mesma", o qual tanto poderia significar o continente americano como o seu próprio país.


BIG STICK (Grande Porrete)



Foi uma frase de efeito usada para descrever o estilo de diplomacia empregada pelo presidente Theodore Roosevelt.
Os Estados Unidos da América deveriam assumir o papel de polícia internacional no hemisfério ocidental.
Tomou o termo emprestado de um provérbio africano, "fale com suavidade e tenha à mão um grande porrete", implicando que o poder para retaliar estava disponível, caso fosse necessário.
As intenções desta diplomacia eram de proteger os interesses econômicos dos Estados Unidos na América Latina. Estas ideias levaram à expansão da U.S. Navy e a um maior envolvimento nas questões internacionais.


Lei de Remoção dos Índios



Lei do deslocamento das comunidades indígenas de seus territórios para a região de Oklahoma. Reserva determinada pelo governo.
Trilha ou Caminho das Lágrimas foi o nome dado pelos nativos às viagens de recolocações e migrações forçadas, impostas pelo governo dos Estados Unidos m reunidas no chamado "Território Indígena”
Durante as remoções vários morreram. Estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios.Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha


DESTINO MANIFESTO

O Destino Manifesto expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina.
Acreditaram que expansão era óbvia ("manifesto") e inevitável ("destino").
O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, freqüentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico.




Pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano .

Representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, uma personificação dos Estados Unidos do século XIX, carregando a luz da "civilização" juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também Índios Americanos e animais selvagens do oeste "oficialmente" sendo afugentados pela personagem.

1o ano - 4o Bimestre - RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO E A FORMAÇÃO DAS MONARQUIAS NACIONAIS

NAÇÃO
Agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros, ainda que não necessariamente com a mesma origem, língua, religião ou raça (como fazia crer um conceito mais antigo), respeitam instituições compartidas (leis, constituição, governo)
Território ocupado por esse agrupamento; país
O povo de uma nação; todas as pessoas que nela vivem

ESTADO
País soberano, com estrutura própria e politicamente organizado
O conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação
A máquina política do Estado
Forma de governo, regime político
Divisão territorial de determinados países

RENASCIMENTO COMERCIAL

Com o fim das cruzadas, a principal rota comercial entre oriente e ocidente foi reaberta: O Mar Mediterrâneo.
Idéias, religiões e mercadorias, beneficiando inicialmente as cidades italianas.


Além das cruzadas, o esgotamento das terras, impulsionou a entrada de muitos camponeses na atividade comercial.
PORTANTO.....

Os elementos que impulsionaram o renascimento comercial e urbano foram:
• Crescimento demográfico.
• Aumento da exploração servil que acelerou o processo de êxodo rural.
• Relações comerciais com o Oriente, verificado a partir das cruzadas (importação de produtos orientais e reativação da economia monetária).
•Invenções na agricultura: moinho d’água, moinho de vento, arado de ferro




CONSEQUÊNCIAS:
• Aumento da produção
• Maior extensão de terras para cultivo
• Produção de excedentes
• Aumento circulação de moedas
• Menor número de mão-de-obra no campo
• Aumento núcleos urbanos

CONSEQUÊNCIAS URBANIZAÇÃO:
• Desenvolvimento atividades artesanais
• Sapateiros
• Alfaiates
• ourives
• marceneiros
• construtores
Mas também ... Desocupados, mendigos ... excluídos.

OS MERCADORES
Os perigos das estradas, faziam com que os mercadores andassem em caravanas. Quando paravam, atraíam a atenção da população. O encontro casual acabou transformando-se nas FEIRAS.

GRANDES CENTROS DE TROCAS
O aumento do consumo resultou em dois importantes centros de trocas: CHAMPAGNE – reunia comerciantes do Mediterrâneo, do Báltico e do mar do Norte e FLANDRES.

A MOEDA...
Com o aumento do comércio houve um aumento das atividades financeiras:
troca de dinheiro, financiamentos e empréstimos.
Neste comércio o produto de negociação era o próprio dinheiro. Por isso os “ trocadores de dinheiro”(banqueiros) eram importantes nas feiras. Pois nelas, não haviam padronização de moedas. Logo esses comerciantes pesavam, avaliavam e trocavam os mais variados tipos de moedas.
O aumento da atividade comercial levou à formação de LIGAS OU HANSAS, associações que defendiam os interesses dos comerciantes. As primeiras foram formadas no século XII e cuidavam do comércio em larga escala ( o que hoje poderia ser o comércio por atacado).

LIGA HANSEÁTICA

A liga de maior destaque foi a Liga Hanseática, que incluía comerciantes alemães. Com cerca de 80 cidades, entre elas Hamburgo e Dantzig.Surgiu em 1241. No seu apogeu, no século XV, a Liga era uma confederação político-econômica, possuindo frotas, exércitos e governo próprio.

ARTESANATO
O artesanato sempre foi praticado durante toda a Idade Média porém, agora em maior escala.
O aumento da produção artesanal levou os artesãos a se organizarem em CORPORAÇÕES DE OFÍCIO, também conhecidas como GUILDAS OU GRÊMIOS. As corporações tinham como objetivo defender os interesses dos artesãos, regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento do produto.
O ensino artesanal era dirigido pelas corporações e se dividia em: aprendiz, oficial e mestre. Somente o mestre podia estabelecer-se por conta própria, montando sua oficina de trabalho.
CIDADES E BURGUESIA
As cidades medievais surgiram nas proximidades das rotas comerciais, nas regiões das feiras ou junto a mosteiros, castelos e catedrais.
Esse núcleo urbano, fortificado denominava-se BURGO.
Com o aumento da população os BURGOS foram ampliando seus limites para além das muralhas.
Os habitantes dos burgos, comerciantes e artesãos, eram chamados de burgueses.

OS BURGOS
As cidades pertenciam aos feudos, e os senhores feudais cobravam pesados impostos para os burgueses se estabelecerem.
O processo de emancipação das cidades seguiu dois caminhos: a via pacífica – por meio do pagamento de indenização ou, através da guerra.
CARTA DE FRANQUIA – nome do documento que dava o Direito de liberdade do burgo, conseguido mediante o pagamento de altas somas ao senhor feudal.
AS COMUNAS eram cidades independentes que passaram a eleger um um governo que se encarregava da administração e defesa. Os burgueses mais ricos participavam da administração, cobravam impostos,... Tinham uma polícia própria.

LIBERDADE....
As cidades tornaram-se locais onde havia segurança e liberdade para aqueles que desejavam romper com a rigidez da sociedade feudal.

Crescimento do Burgo nos limites da muralha, que eram remanescentes dos feudos medievais.




Atividade dos banqueiros negociando e manipulando moedas, atividades que caracterizam o Renacimento Comercial.
O crescimentio do comércio e centralização política (Estados Nacionais) fez crescer a economia monetária , fazendo surgir o capitalismo e a decadência do sistema feudal.
Lembrar: Empréstimos, juros, lucros.