segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atividade - 1º ano - Formação das cidades

História e problemas da urbanização
A abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas. Exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas.
A necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, centro administrativo que reunia várias aldeias surgidas em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.
As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque. Por volta de 2500 a.C, acredita-se que Ur chegou a ter 50 mil habitantes, enquanto Babilônia, 80 mil. Depois outras cidades surgiram ainda associadas aos vales fluviais como Mênfis e Tebas, no vale do Nilo (Egito); Mohenjodaro, no vale do Indo (centro-norte da Índia); Pequim e Hang-chou, no vale do rio Amarelo (China).
Diversos pesquisadores afirmam que essas cidades fazem parte de "civilizações hidráulicas", pois surgiram associadas e dependentes aos rios que as abasteciam, principalmente em relação à necessidade de terras férteis e de irrigação para a produção de alimentos excedentes. Também surgiram cidades por volta de 500 a.C, como Tenochtitlán, capital do Império Asteca (atual Cidade do México) que chegou a ter 100 mil habitantes.
Com o passar do tempo as cidades chegaram a atingir dimensões impressionantes. Atenas, na Grécia antiga, em sua fase esplendorosa chegou a ter por volta de 250 mil habitantes. Já Roma, a capital do Império Romano, chegou a congregar no século 1º d.C., mais de um milhão de habitantes. Devido à expansão do Império Romano, novas cidades surgiram no norte da África, no Oriente Próximo, na Grécia, na Gália e na Bretanha.
Com a invasão dos povos bárbaros - vindos do norte e do leste da Europa - nas terras do Império Romano, encerrou-se o período histórico conhecido como Antigüidade e teve início a Idade Média, caracterizada por um retrocesso da urbanização.
Independentemente dos exemplos acima, a urbanização ganhou escala mundial somente no século 20.
Industrialização e crescimento urbano
O início desse processo de urbanização originou-se com a primeira Revolução Industrial no final do século 18, a partir da Inglaterra. A evolução das técnicas agrícolas, trazidas por ela, permitiu que o trabalho humano fosse sendo substituído pela força das máquinas. Isso possibilitou que o êxodo rural se tornasse a maior causa da urbanização nos últimos dois séculos.
Ao mesmo tempo em que expulsava a mão-de-obra do campo, a industrialização exercia uma força de atração das populações para as cidades, pois criava novos postos de trabalho urbano. Esse processo crescia a cada ano, porque com o aumento da população da cidade, o comércio foi estimulado, gerando mais postos de trabalho. Além disso, para atender a esse crescente contingente de pessoas que migraram para as cidades, houve também o crescimento do setor terciário, por causa da criação de novos serviços, o que originava mais trabalho.
Urbanização hoje
No século 20, o processo de urbanização se generalizou, ou seja, se espalhou por toda a superfície do planeta. Vale lembrar que até meados deste século o fenômeno da urbanização era lento e circunscrito aos países que primeiro se industrializaram, os chamados países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, a urbanização se intensificou a partir de 1950, graças ao crescimento da industrialização.
No início do século 19, menos de 5% da humanidade vivia em cidades. No início do século 21, mais de 50% da população mundial já vive em cidades. Atualmente, três quartos dos habitantes dos países desenvolvidos vivem em cidades. Já entre os países em desenvolvimento, há grandes diferenças. Por exemplo, enquanto na América Latina e no Caribe a taxa de urbanização é tão elevada quanto à de países desenvolvidos, na Ásia e na África o índice não passa de 38%. Dados estatísticos confirmam que, de fato, a urbanização no mundo não é homogênea.


Problemas urbanos
O inchaço das cidades gera graves conseqüências econômicas e sociais nos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, devido à rapidez do processo de urbanização e da carência de infra-estruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de esgoto, de saúde e de moradia) para atender a todos os habitantes. Segundo a ONU, 30% da população mundial que reside em cidades vivem na absoluta pobreza. Entre 20 milhões e 40 milhões de famílias não têm onde morar e por volta de 920 milhões residem em favelas ou áreas irregulares.
Outro problema é a falta de postos de trabalho, o que leva 37% dos habitantes das cidades de países em desenvolvimento a trabalhar no setor informal. A esses problemas se somam o trânsito caótico, a alta produção de lixo, a violência, a poluição atmosférica, do solo e das águas, etc.
Para os problemas urbanos, de qualquer modo, não existem soluções mágicas, que se possam obter em curto prazo. Isso, se de fato existirem soluções - o que ninguém pode prever. No entanto, uma coisa é certa: o processo de urbanização é irreversível.

Civilizações hidráulicas
As primeiras Civilizações que surgiram na História se localizavam no Oriente Próximo (Oriente Médio e litoral do Mediterrâneo Oriental), pois ali, em meio a terras áridas e extensos desertos, era possível encontrar áreas extremamente férteis, especialmente às margens de grandes rios, como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Jordão.
Ainda na Pré-história, diversas tribos migraram para essas regiões em busca de melhores condições de vida. Com o passar dos séculos, a agricultura foi se aperfeiçoando e se fez indispensável à construção de obras de irrigação (canais, valas, diques, muros de contenção) que pudessem ampliar a possibilidade de produção de alimentos.
Decorre daí a necessidade da formação de Estados centralizadores, até mesmo militarizados, capazes de organizar os homens, a fim de submetê-los ao trabalho tanto nas obras de irrigação quanto na lavoura, garantindo assim a sobrevivência de todos e o poder de uma elite política senhora das terras. Por isso esses povos receberam a denominação de Civilizações Hidráulicas, já que toda sua organização sociopolítica tinha como foco o controle das águas e da produtividade agrícola.
Dentre as Civilizações Hidráulicas podemos destacar: o Egito, a Palestina e a Mesopotâmia.

QUESTÕES

RESPOSTAS
1) O que levou ao aparecimento das cidades?
R Com a necessidade do trabalho que demandava a cooperação entre os homens, como a abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços, que eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas, e que exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas, levou à necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, ou seja, um centro administrativo que reunia várias aldeias surgido em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.
2) Quais são consideradas as primeiras cidades ? Onde se localizavam ?
R: As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque

3) O que são Civilizações hidráulicas ? Cite algumas delas.
R: São denominadas de Civilizações Hidráulicaspoisjá que toda sua organização sociopolítica tinha como foco o controle das águas e da produtividade agrícola. Dentre as Civilizações Hidráulicas podemos destacar: o Egito, a Palestina e a Mesopotâmia.

4) O que possibilitou o crescimento urbano nos últimos tempos?
R: Foi, principalmente, a primeira Revolução Industrial no final do século 18, a partir da Inglaterra. A evolução das técnicas agrícolas permitiu que o trabalho humano fosse sendo substituído pelas máquinas. Isso possibilitou que o êxodo rural se tornasse a maior causa da urbanização nos últimos dois séculos.
Também a industrialização atraia as pessoas para as cidades, pois criava novos postos de trabalho urbano.

5) Quais são os principais problemas urbanos encontrados atualmente ?
R: O crescimento das cidades gera graves conseqüências econômicas e sociais aos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, devido à rapidez do processo de urbanização e da carência de infra-estruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de esgoto, de saúde e de moradia) para atender a todos os habitantes. Outro problema é a falta de postos de trabalho, o que leva 37% dos habitantes das cidades de países em desenvolvimento a trabalhar no setor informal. A esses problemas se somam o trânsito caótico, a alta produção de lixo, a violência, a poluição atmosférica, do solo e das águas, etc.

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