segunda-feira, 31 de maio de 2010

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

O pioneirismo inglês, a invenções de máquinas, passagem do processo artesanal para a produção em escala. O Liberalismo de Adam Smith. O trabalho nas fábricas e o surgimento dos sindicatos e o Ludismo.


Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.

Introdução
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, ávida por maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.
Pioneirismo Inglês
Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

O liberalismo de Adam Smith



As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O pensador escocês Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia que o egoísmo é útil para a sociedade. Seu raciocínio era este: quando uma pessoa busca o melhor para si, toda a sociedade é beneficiada. Exemplo: quando uma cozinheira prepara uma deliciosa carne assada, você saberia explicar quais os motivos dela? Será porque ama o seu patrão e quer vê-lo feliz ou porque está pensando, em primeiro lugar, nela mesma ou no pagamento que receberá no final do mês? De qualquer maneira, se a cozinheira pensa no salário dela, seu individualismo será benéfico para ela e para seu patrão. E por que um açougueiro vende uma carne muito boa para uma pessoa que nunca viu antes? Porque deseja que ela se alimente bem ou porque está olhando para o lucro que terá com futuras vendas? Graças ao individualismo dele o freguês pode comprar boa carne. Do mesmo jeito, os trabalhadores pensam neles mesmos. Trabalham bem para poder garantir seu salário e emprego.
Portanto, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. Mas, para lucrar, têm que vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para a sociedade.
Então, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais. E, para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor escocês, "o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia". Se as forças do mercado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor. Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente, como se houvesse uma "mão invisível" ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade individual promoveria o progresso de forma harmoniosa.

Avanços da Tecnologia
O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas à vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.
Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte
Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas à vapor (maria fumaça) e os trens à vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.
A Fábrica
As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.
Reação dos trabalhadores
Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as trade unions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ludistas invadiam fábricas e destruíam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.
Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.
Consequências da Revolução Industrial
Aumento da poluição do ar foi uma das conseqüências da Revolução Industrial
Principais consequências da Revolução Industrial
- Diminuição do trabalho artesanal e aumento da produção de mercadorias manufaturadas em máquinas;
- Criação de grandes empresas com a utilização em massa de trabalhadores assalariados;
- Aumento da produção de mercadorias em menos tempo;
- Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias;
- Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor;
- Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias voltadas para a produção de bens de consumo;
- Surgimento de sindicatos de trabalhadores com objetivos de defender os interesses da classe trabalhadora;
- Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do campo para as cidades) motivado pela criação de empregos nas indústrias;
- Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral para gerar energia para as máquinas;
- Crescimento desordenado das cidades, gerando problemas de submoradias;
- Aumento das doenças e acidentes de trabalhos em função das péssimas condições de trabalho nas fábricas;
- Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas.

O Ludismo durante a Revolução Industrial, objetivos do movimento ludista, reação dos trabalhadores

Os ludistas em ação: quebrando máquinas

O ludismo foi um movimento social ocorrido na Inglaterra entre os anos de 1811 e 1812. Contrários aos avanços tecnológicos ocorridos na Revolução Industrial, os ludistas protestavam contra a substituição da mão-de-obra humana por máquinas. O nome do movimento deriva de um dos seus líderes, Ned Ludd.
Com a participação de operários das fábricas, os "quebradores de máquinas", como eram chamados os ludistas, fizeram protestos e revoltas radicais. Invadiram diversas fábricas e quebraram máquinas e outros equipamentos que consideram os responsáveis pelo desemprego e as péssimas condições de trabalho no período.O movimento ludista perdeu força com a organização dos primeiros sindicatos na Inglaterra, as chamadas trade unions.

Conclusão
A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram conseqüências nocivas para a sociedade.




O ILUMINISMO

O Iluminismo surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica (Deus no centro de tudo) que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".



Immanuel Kant
Os ideais iluministas

Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.

Século das Luzes

A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil.

Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.

Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas.

No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa.

Principais filósofos iluministas

Os principais filósofos do Iluminismo foram: John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo através do empirismo (racionalismo, conhecimento prático); Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que garanta igualdade para todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e Judiciário.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

OS PRIMEIROS TEMPOS DA DEMOCRACIA GREGA

Nascimento da Democracia na Grécia Antiga




Em 508 a. C. foi inventado na cidade de Atenas um novo sistema político - a democracia - que representava uma alternativa à tirania. Esta reforma, concedia a cada cidadão um voto apenas, nas assembléias regulares relativas a assuntos públicos.

Surgiu também um conselho de 500 membros - a Bulé - mudado anualmente, que era constituído por cidadãos com idades acima dos 30 anos que não podiam servir mais do que duas vezes numa vida. A Bulé era o pilar do novo regime
Esta alternativa à tirania incluía camponeses, mas excluía as mulheres como iguais. No entanto, como experiência política seria a mais imitada e copiada de todas.
Todos os cidadãos do sexo masculino eram livres de assistir às assembléias, que debatiam e ratificavam as questões civis, normalmente quatro vezes por mês.

Não havia nesse tempo partidos políticos organizados; contrariamente aos sistemas democráticos atuais.
As decisões respeitavam a opinião da maioria relativamente a cada assunto aberto ao debate.

MAS O QUE É DEMOCRACIA ?

DEMOS: POVO
KRATOS: FORÇA, SOBERANIA, PODER
Portanto: Governo pelo povo

E POLIS ?

Cidade, em Grego.
Um pequeno estado soberano que
compreende a cidade e o campo ao redor.
A participação política, contudo, era restrita a 10% dos habitantes da cidade. Ficavam excluídos da vida pública, entre outros, estrangeiros residentes em Atenas (metecos), escravos e mulheres, ou a maior parte da população.
Na época era de 400.000, sendo em 40.000 "cidadãos", 100 000 de metecos, 200.000 de escravos e 60.000 de mulheres e crianças.
FORMAÇÃO
Os povos que colonizaram e habitaram foram os AQUEUS, EÓLIOS, JÔNIOS e DÓRIOS.
Todos falavam a mesma língua e tinham costumes semelhantes, mas viam seus vizinhos como rivais e guerreavam entre si.

DIÁSPORAS(*) GREGAS
A Grécia possui um terreno arenoso e pouco fértil. O relevo de seu litoral levou os gregos à navegação, em busca de terras mais férteis e riquezas.
(*) dispersão
A história política da Grécia é dividida em:
* Período Pré-Homérico (2500-1100 a.C.), período que aconteceu a formação do povo grego.
* Período Homérico (1100-800 a.C.), fase retratada pelos poemas de Homero, Ilíada e Odisséia.
* Período Arcaico (800-500 a.C.), fase da formação das cidades-estado: a escrita, a moeda, a lei e a pólis.
* Período Clássico (500-400a.C), fase correspondente ao apogeu da civilização grega.
* Período Helenístico (336-146 a.C.), fase da decadência da Grécia.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO
SEC. XX a XII a.C
Migração dos povos AQUEUS, JÔNIOS e EÓLIOS.
Fundaram as cidades de Micenas e Tirinto.
Foi nesta época que foi fundada a cidade de Esparta.

PERÍODO HOMÉRICO
Séc. XII a VIII a.C.
Época de pouca documentação.
Poemas atribuídos a Homero: Ilíada (Guerra de Tróia) e Odisséia (Ulisses).
Obra de Hesíodo: Os trabalhos e os Dias
Os gregos viviam em genos: estrutura familiar econômica e politicamente autônomas, de forma patriarcal.
Propriedade terra era coletiva e a produção atendia às necessidades daquela comunidade.

PERÍODO HOMÉRICO
Séc. XII a VIII a.C.
Como as terras acabaram por ser insuficientes, com saques e ataques mútuos, e pelo fato do poder ser hereditário, obrigou os genos a se unirem, formando FRÁTRIAS – associações guerreiras que deram origem a tribos – antecessoras diretas das pólis.
PERÍODO ARCAICO
Séc. VIII a V a.C.
Foi o período de formação das pólis: aglomerados urbanos construídos em trono de um templo (ACRÓPOLE).
Estas cidades-estado eram politicamente autonômas e concorriam entre sí.
Atenas e Esparta eram as mais desenvolvidas e também com maior rivalidade.
300 DE ESPARTAS
A batalha das Termópilas foi travada em 480 a.C., no desfiladeiro das Termópilas, na Grécia Central. Ali, de acordo com a tradição, 300 espartanos sob o comando de seu rei Leónidas, enfrentaram milhares de persas liderados por Xerxes, filho de Dario. Com 300 compatriotas, teria combatido o colosso persa.
Aparentemente a vitória foi persa, mas os Gregos, tinham conseguido grandes baixas e retardar o avanço dos Persas.
A intervenção dos Gregos, para além de os levar a morrer como homens livres, e não como escravos persas, foi de tal modo decisiva para o futuro do conflito, pois atrasou o avanço persa por 3 dias, assim permitindo a salvação de Atenas.
PERÍODO CLÁSSICO
Séc. V a IV a.C.
Apogeu grego.
Criação de colônias nas costas do Mediterrâneo, dando origem à MAGNA GRÉCIA.

PERÍODO HELENISTICO
Séc. IV a II a.C.
Alguns Historiadores excluem este quinto período, que ocorreu durante a dominação de ALEXANDRE MAGNO, por, os helenos (auto denominação dos gregos), estarem sob dominação estrangeira.

Os gregos que originaram-se dos povos aqueus, jônicos, dóricos e os eólios.
Estas populações invasoras são em geral conhecidas como "helênicas", pois sua organização de clãs fundamentava-se na crença de que descendiam do deus Heleno que recebeu de Apolo o dom da adivinhação.
A educação na Grécia teve formas diferentes.
Em Esparta ela assume um papel de preparação para a guerra, mas em Atenas assume uma papel mais intelectual.
A Grécia foi o local onde fluiu a sofistica, mesmo que, não tenha sido a Grécia o local de origem da sofistica. Os sofistas tiveram grande importância na profissionalização da educação. Além disso, a Grécia é considerada como o berço da pedagogia.
Os sofistas eram grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação. Os mestres sofistas alegavam que podiam "melhorar" seus discípulos, ou, em outras palavras, que a "virtude" seria passível de ser ensinada.

O termo pedagogia, de origem grega e deriva da palavra paidagogos, nome dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. Somente com o tempo, esse termo passa a ser utilizado para designar as reflexões feitas em torno da educação. Assim, a Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, até porque é justamente na Grécia que tem início as primeiras reflexões acerca da ação pedagógica, reflexões que vão influenciar por séculos a educação e a cultura ocidental.
Principais Características da democracia:

É o governo do povo, para o povo, pelo povo”.
Na democracia é o povo quem toma as decisões políticas importantes (direta ou indiretamente por meio de representantes eleitos).
- os direitos humanos e liberdades fundamentais do povo são respeitados;
- os cidadãos podem de manifestar suas opiniões livremente;
- os homens e as mulheres detêm os mesmos direitos;
- as pessoas não sofrem nenhum tipo de discriminação.(raça, etnia, classe etc).;
- as políticas públicas visam as necessidades da população e as gerações futuras;
- as políticas econômicas visam o acesso da população de baixa renda a uma vida digna.
- o povo tem acesso a saúde, educação, segurança, alimentação, habitação, transporte coletivo etc.;
- as políticas sociais visam a erradicação da pobreza e distribuição de renda justa.
- de justiça, sobretudo de justiça social.

1º ANO - A MITOLOGIA GREGA

Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.

Entendendo a Mitologia Grega.

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :

- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.

O Minotauro

É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro.

Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.

Deuses gregos

De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.
Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos :
Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu.
Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon - deus dos mares
Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera - deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo - deus da luz e das obras de artes.
Artemis - deusa da caça.
Ares - divindade da guerra..
Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas
Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo
Hermes - divindade que representava o comércio e as comunicações
Hefestos - divindade do fogo e do trabalho.

1º ANO - OS JOGOS OLÍMPICOS

Origem
Os Jogos Olímpicos antigos foi uma série de competições realizadas entre representantes de várias cidades-estado da Grécia antiga, que caracterizou principalmente eventos atléticos, mas também de combate e corridas de bigas.
A origem destes Jogos Olímpicos é envolta em mistério e lendas. Um dos mitos mais populares identifica Héracles e Zeus, seu pai como os progenitores dos Jogos.
Segundo a lenda, era Héracles que primeiro chamou os Jogos "Olímpicos" e estabeleceu o costume de explorá-los a cada quatro anos. A lenda persiste que, após Héracles ter completado seus doze trabalhos, ele construiu o estádio Olímpico como uma honra a Zeus. Após sua conclusão, ele andou em linha reta 200 passos e chamou essa uma distância estádio, que mais tarde tornou-se uma unidade de distância. Outro mito associa os primeiros Jogos com o antigo conceito grego de Trégua olímpica.
A data mais aceita para o início dos Jogos Olímpicos antigos é 776 aC, que é baseada em inscrições, encontradas em Olímpia, dos vencedores de uma corrida a pé realizada a cada quatro anos a partir de 776 aC. Os Jogos Antigos destacaram provas de corrida, pentatlo (que consiste em um evento de saltos, disco e lança-dardo, uma corrida a pé e luta), boxe, luta livre, e eventos equestres. Diz a tradição que Coroebus, um cozinheiro da cidade de Elis, foi o primeiro campeão olímpico.

As Olimpíadas foram de fundamental importância religiosa, com eventos esportivos ao lado de rituais de sacrifício em honra tanto a Zeus (cuja famosa estátua por Fídias estava em seu templo em Olímpia) quanto a Pélops, o herói divino e rei mítico de Olímpia. Pélops era famoso por sua corrida de bigas com o Rei Enomau de Pisatis. Os vencedores das provas foram admirados e imortalizados em poemas e estátuas. Os jogos foram realizados a cada quatro anos, e este período, conhecido como uma Olimpíada, foi usado pelos gregos como uma das suas unidades de medição do tempo.
Os Jogos Olímpicos chegaram ao seu apogeu entre os séculos 6 e 5 aC, mas, depois, perderam gradualmente em importância enquanto os romanos ganharam poder e influência na Grécia. Não há consenso sobre quando os Jogos terminaram oficialmente, a data mais comum, é 393 dC, quando o imperador Teodósio I declarou que todos os cultos pagãos e práticas serão eliminadas. Outra data já é de 426 dC, quando seu sucessor Teodósio II ordenou a destruição de todos os templos gregos. Após o fim dos Jogos Olímpicos, não foram realizados novamente até o final do século XIX.

A maratona é a mais longa, desgastante e uma das mais difíceis e emocionantes provas do atletismo olímpico. Ela é disputada na distância de 42 195 m (42,195 km) desde 1908. É tradicionalmente o último evento dos Jogos Olímpicos de Verão.
A maratona lendária
No ano de 490 a.C. quando os soldados atenienses partiram para a planície de Marathónas para combater os persas na Primeira Guerra Médica, suas mulheres ficaram ansiosas pelo resultado porque os inimigos haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos.
Ao saberem dessa ameaça, os gregos deram ordem a suas esposas para, se não recebessem a notícia da sua vitória em 24 horas, matar seus filhos e, em seguida, suicidarem-se.
Os gregos ganharam a batalha, mas a luta levou mais tempo do que haviam pensado, de modo que temeram que elas executassem o plano. Para evitar isso, o general grego Milcíades ordenou a seu melhor corredor, o soldado e atleta Filípides, que corresse até Atenas, situada a cerca de 42 km dali, para levar a notícia. Filípides correu essa distância tão rapidamente quanto pôde e, ao chegar, conseguiu dizer apenas "vencemos", e caiu morto pelo esforço.
No entanto, Heródoto conta que, na realidade, Filípides foi enviado antes da batalha a Esparta e outras cidades gregas para pedir ajuda, e que tivera de correr duzentos e quarenta quilômetros em dois dias, voltando à batalha com os reforços necessários para vencer os persas
Seja como for, cerca de 2400 anos mais tarde, em 1896, nos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, Filípides foi homenageado com a criação dessa prova cuja distância era de 40 km, mas que desde 1908 está estipulada em 42,195 km.
Os 42.195 m atuais foram estabelecidos nos jogos olímpicos de Londres, em 1908, para permitir que a família real assistisse do Palácio de Windsor, o início da corrida.

1º ANO - A CULTURA GREGA

Os gregos foram, sem dúvida, povos que contribuíram grandemente para o desenvolvimento da cultura e da ciência, povos de grande esplendor cultural. Para se ter uma idéia, os romanos copiaram grande parte da cultura grega. Um desses exemplos são os deuses romanos, que nada mais são do que uma cópia dos deuses gregos.
A filosofia foi o grande legado do pensamento grego. Os primeiros filósofos buscavam entender os fenômenos da natureza através explicações racionais e organizadas, fugindo das justificativas mitológicas. Aliás, a mitologia foi outra grande contribuição grega: até hoje, vários filmes, séries e história são baseados na mitologia e nos deuses gregos, vistos como seres superiores, embora tivessem sentimentos iguais aos dos homens.
Os gregos apreciavam muito o teatro. As peças aconteciam em grandes anfiteatros ao ar livre; as filas para assistir a essas peças começavam a se formar um dia antes das apresentações. Em relação ao teatro, podemos citar os mais importantes escritores de peças da Grécia Antiga: Ésquilo e Sófocles. A arte grega, que tanto influenciou a arte romana e renascentista, buscava retratar corpos com o máximo de perfeição, exaltando a beleza estética.Ainda podemos citar outras fantásticas contribuições dos gregos, como o desenvolvimento dos Jogos Olímpicos, criados em homenagem a Zeus, o principal dos deuses. Outra importantíssima contribuição grega para a sociedade atual foi a criação da democracia, onde os cidadãos passaram a decidir, de forma direta, os rumos de Atenas.
É comum haver divergências entre as enciclopédias a respeito da origem do teatro. Entretanto, uma coisa se sabe: esta forma de arte surgiu na Grécia Antiga, no século VI a.C. A maioria dos historiadores concorda que o teatro surgiu como uma evolução dos rituais e cultos festivos a Dionísio, deus do vinho e da fertilidade. Essas festividades ocorriam todo ano no período da primavera e eram muito intensas. Durante as procissões, havia recitais, danças e música.
Foi por meio de um homem chamado Téspis que o teatro surgiu. Em uma destas celebrações, o mesmo resolveu usar uma máscara humana enfeitada com cachos de uva e passou a afirmar que era o próprio deus Dionísio. Era clara a intenção de Téspis em apenas representar o deus, e não em se passar por ele, o que não faria nenhum sentido. O importante foi sua ousadia em representar um deus, algo inimaginável até então. Téspis é considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental.
Com o passar do tempo, as celebrações ao deus Dionísio ficaram cada vez mais elaboradas. Desta forma, nestes rituais, os gregos começaram a representar cenas da vida do próprio deus. Nesta época, todos os papéis eram interpretados por homens, já que não era permitida a participação de mulheres nas representações. Até então, todas as encenações ocorriam em grandes círculos. Com o amadurecimento do teatro na Grécia, foram construídos enormes prédios teatrais, com uma boa infra-estrutura para o desenvolvimento da arte.

Aos poucos, o teatro foi se consolidando, até se transformar em um dos aspectos mais importantes da cultura grega.

1º ANO - A CIVILIZAÇÃO GREGA

A civilização grega compreendia uma área de 77.000 km², abrangendo três regiões: Grécia Asiática, localizada numa estreita faixa na Ásia Menor; Grécia Insular, nas ilhas dos mares Jônio e Egeu; e Grécia Continental, ao sul da península balcânica. A maior parte do relevo dessas regiões era montanhoso, com um solo impróprio para o desenvolvimento da agricultura, fato que fez com que os gregos tenham feito do comércio marítimo, sua principal atividade. Além disso, seu relevo montanhoso foi um dos fatores que resultaram no surgimento de cidades-estado independentes e afastadas umas das outras. Povoada por aqueus, jônios, eólios e dórios, a Grécia Antiga é considerada o berço da civilização ocidental.
A história da civilização grega é dividida em quatro fases:

Período Homérico
Tal período, que vai do século XII ao VIII a.C., é marcado pela sociedade dividida em génos, grandes grupos familiares que tinham um descendente em comum. Cada génos era chefiado pelo patriarca, detentor do poder político, econômico, jurídico e religioso. Além disso, a propriedade da terra era coletiva e era praticada uma economia de subsistência. Aos poucos, certos membros desses génos começaram a reivindicar porções de terra conforme o seu grau de parentesco. Assim, surgia a propriedade privada e as classes sociais.

Período Arcaico
Entre os séculos VIII ao VI a.C., os génos começaram a se unir, com o fim de proteger seus interesses. A união de dois génos deu origem às fratrias, que se agruparam e formaram as tribos. Aos poucos, esse processo de unificação entre várias tribos deram origem às polis, as cidades-estado gregas: Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Mileto, etc. Outro fato importante no Período Arcaico foi a expansão colonial grega, que ocorreu em virtude da procura por novas terras e alimentos fora da Grécia, o que resultou na fundação de diversas colônias na costa dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
Imagem de Zeus, o principal deus grego.

Período Clássico

No Período Clássico, que compreendeu os séculos VI ao IV a.C., a Grécia conheceu seu apogeu, entretanto, envolveu-se em inúmeras guerras. Uma delas foram as Guerras Médicas, resultado do conflito entre os gregos e os persas pela supremacia marítima do Mundo Antigo. A Guerra do Peloponeso foi outra importante guerra entre a Confederação de Delos, liderada por Atenas, e a Liga do Peloponeso, liderada por Esparta.

Período Helenístico
Após a Guerra do Peloponeso, a Grécia se enfraqueceu, se tornando um alvo fácil para Felipe II, rei dos macedônios em 338 a.C. Seu filho, Alexandre Magno, assumiu o poder e adotou uma política expansionista, conquistando diversas regiões, o que provocou a fusão da cultura grega com a cultura oriental. Foi neste período também, que as ciências tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Religião Os gregos eram povos politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. O principal deles era Zeus, símbolo da justiça, da razão e da autoridade. Os deuses gregos eram muito semelhantes aos homens; eles se casavam, tinham filhos, sentiam amor, ódio, etc. Além dos deuses, haviam os semi-deuses, heróis e muitas lendas. O conjunto dessas crenças é chamado de mitologia.
Cultura
Os gregos tiveram grande importância no desenvolvimento da ciência, das artes e da filosofia, uma vez que a Grécia é considerada o berço da civilização ocidental. O clima de liberdade das cidades favoreceu o surgimento dos primeiros filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles. Nas artes, os gregos tiveram destaque na escultura (Fídias, Míron e Praxíteles) e arquitetura (estilo dórico, jônico e coríntio). Alguns dramaturgos, como Ésquilo, Spofocles, Eurípedes e Aristóteles foram muito importantes. Grandes obras da Idade Média, como o Colosso de Rodes e o Farol de Alexndria, foram inspirados na arte helenística

1º ANO - A FORMAÇÃO DA PÓLIS GREGA

No desenvolvimento da civilização grega, notamos que vários estudiosos destacam o surgimento da pólis como uma das mais importantes experiências desenvolvidas em toda a Antiguidade. Em sua compreensão mais simples, a pólis corresponde às diversas Cidades-Estado que se formaram no território grego entre o final do Período Homérico e o desenvolvimento do Período Arcaico. Contudo, como foi possível que esse tipo de organização social e política existisse?

A princípio, o Período Homérico (XII a.C. – VIII a.C.) ficou conhecido pela formação das chamadas comunidades gentílicas. Estas consistiam em pequenas unidades agrícolas autossuficientes, nas quais todas as riquezas eram produzidas de forma coletiva. À frente desse grupo tínhamos o pater, uma espécie de patriarca que determinava a organização das ações administrativas, judiciárias e religiosas a serem desempenhadas por todos que compartilhavam aquele mesmo espaço.

Com o passar do tempo, a falta de terras e o uso de técnicas de plantio pouco avançadas estabeleceram um crescimento populacional maior que a produção agrícola das comunidades gentílicas. Desse modo, a caráter coletivo dos genos foi perdendo espaço para outro tipo de configuração social. Paulatinamente, os membros mais próximos ao pater passaram a integrar uma restrita classe de proprietários de terras que eram subordinados aos outros integrantes da comunidade.

Nesse novo momento, os parentes mais próximos do pater se transformaram nos integrantes da classe dos Eupátridas, termo grego que significava o mesmo que “bem-nascido”. Logo em seguida, temos os Georgoi (“agricultores”), que formavam a classe de pequenos proprietários de terras ainda existentes. Por fim, no estrato mais baixo dessa formação social, estavam os Thetas (“marginais”), que não tinham qualquer tipo de propriedade agrícola.

Mais do que controlar a posse da terra, os Eupátridas também organizaram os instrumentos e instituições responsáveis pelas decisões políticas, as manifestações religiosas e todas as outras manifestações que reafirmassem o poder dessa classe dirigente. Temos de tal modo, a organização de uma aristocracia que se organizava a partir da maior riqueza daqueles tempos: a terra.

Na medida em que a propriedade da terra estabelecia disputas de poder, vemos que alguns genos passaram a se mobilizar em defesa de seus territórios. Tínhamos assim, a formação das fratrias, que eram formadas como meio de preservação das terras. Com o passar do tempo, as fratrias também se uniriam coletivamente para a organização das tribos, que também desempenhavam – em uma escala mais ampla – a defesa das terras dos genos pertencentes a uma determinada região.

A partir do momento que as demandas políticas dessas comunidades se tornavam cada vez mais recorrentes, vemos que essas associações de cunho militar passar a ter outro significado. O agrupamento das tribos e a influência dos Eupátridas determinaram a formação das primeiras Cidades-Estado, ou seja, as pólis gregas. Em muitas dessas pólis, vemos que a povoação se desenvolvia em torno da acrópole. Situada no ponto mais alto da cidade, esse espaço congregava os palácios e templos de uma pólis.

Por meio da criação da pólis, não determinamos somente o estabelecimento de uma aristocracia responsável pelo destino político de toda uma população. Sob o ponto de vista histórico, a formação das pólis instituiu um espaço em que diferentes formas de organização políticas foram criadas e desenvolvidas. Ao racionalizar a vida em sociedade, a pólis abre caminho para outros tipos de experiência política.

1º ANO - A DEMOCRACIA GREGA

Nenhum povo do mundo antigo contribuiu tanto para a riqueza e a compreensão da Política, no seu sentido mais amplo, como o fizeram os gregos de outrora. Os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, no campo da teoria, de Péricles e de Demóstenes na arte da oratória, estão presentes em qualquer estudo erudito que se faça a respeito e mesmo nos mais singelos manuais de divulgação.

Entendiam a política, como uma ciência superior, determinante de qualquer organização social e com inquestionáveis reflexos sobre a vida dos indivíduos. Para Aristóteles era a arte de governar a cidade-estado (pólis). Por não conviverem com estados-nacionais, mas sim com organizações menores, as cidades, para os gregos, tornaram-se o objeto da sua maior atenção. Como nenhum outro povo, interessaram-se pela administração da coisa pública, envolvendo-se nos intensos e acalorados debates políticos que afetavam a comunidade, manifestando extraordinária consciência sobre a importância e o significado da palavra eleutéria , entendida como liberdade e independência da cidade em relação a qualquer outro poder vindo de fora - num mundo cercado pelo despotismo e pela tirania. A sua contribuição não se confinou somente ao teórico, pois também legaram os grandes discursos de Demóstenes e de Ésquines que imortalizaram a oratória voltada para a ação.
A DEMOCRACIA
"Vivemos sob a forma de governo que não se baseia nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo a alguns ao invés de imitar os outros. Seu nome, como tudo o que depende não de poucos mas da maioria, é democracia"

As origens da democracia
Atenas, a mais próspera das cidades-estados da Grécia Ocidental, no decorrer do século IV a.C., estava sendo governada por um regime tirânico. Em 560 a.C. Pisístrato, um líder popular, havia tomado o poder por meio de um astucioso estratagema, tornando-se o homem-forte da pólis. Apesar da ilegalidade da sua ascensão, isso não o impediu de fazer uma administração que muito impulsionou a prosperidade e o bem-estar da capital da Ática. Seus filhos, Hípias e Hiparco, que o sucederam em 527 a. C., não tiveram o talento paterno para manter a fidelidade dos cidadãos. Em 514 a.C., Hiparco foi morto por dois jovens, Armódio e Aristógiton, que passaram a ser venerados como os tiranicidas. Sentindo a perda do prestígio do regime, Hípias fugiu de Atenas, refugiando-se num protetorado persa. A queda da tirania abriu caminho para que os dois partidos tradicionais da cidade, o dos ricos, chefiado por Iságoras, e o dos populares, liderado por Clístenes, passassem a disputar o controle de Atenas. Iságoras, apoiado pelo rei espartano Cleômenes, conseguiu desterrar Clístenes.
Mas o povo se rebelou e conseguiu trazer o líder de volta, dando-lhe plenos poderes para elaborar uma nova constituição. A tirania havia perseguido os partidários da aristocracia, enfraquecendo a nobreza urbana, criando-se assim as condições para a implantação de um regime novo. A monarquia, por sua vez, já fora abolida há muitos séculos e o título de rei (basileus) era mantido apenas por tradição. O regime oligárquico, por seu lado, também sucumbira à tirania de Pisístrato. Abriam-se as portas, depois da expulsão do descendente do tirano, para uma experiência inédita: o regime governado diretamente pelo povo, a democracia.

2º Ano - Caderno do Aluno - Volune II

Situação de aprendizagem 1
Pagina 3
1. Quantas Línguas diferentes existem no continente americano?
RESP: Segundo a Cambridge Encyclopeia of Language, há mais de 70 línguas na América Central e México e 500 outras na América do Sul
a) Estados Unidos:inglês
b) Canadá: francês e inglês
c) Argentina:espanhol
d) Paraguai: Guarani e Espanhol
e) Peru: Espanhol, Aimara, Quechua.
f) Haiti: Francês e Crioulo
g) Brasil: Português

2. Por que, apesar da enorme quantidade, as línguas indígenas estão desaparendo?
RESP: Estas línguas indígenas, assim como a cultura de seus povos, foram, em grande parte, suprimidas pelo processo de colonização uma vez que dizimando ou convertendo os nativos, foram lhes imposta a cultura européia.

Por que a Língua espanhola predominou no continente americano?
RESP: A língua espanhola é maioria, pois foi assim assegurada pelo pioneirismo da descoberta do território e pelo Tratado de Tordesilhas.

Porque o português ficou concentrado no Brasil?
RESP: Pelo mesmo tratado de Tordesilhas que assegurou a manutenção das terras portuguesas na costa leste do continente sulamericano.

b) Paginas 4 e 5

País: Brasil
Características do modelo colonial:

A colônia deveria ser um local de consumo (mercado) para os produtos metropolitanos, de fornecimento de artigos para a metrópole e de ocupação para os trabalhadores da metrópole. Em outras palavras, dentro da lógica do “Sistema Colonial Mercantilista” tradicional, a colônia existia para desenvolver a metrópole, principalmente através do acúmulo de riquezas, seja através do extrativismo ou de práticas agrícolas mais ou menos sofisticadas. Uma Colônia de Exploração, como foi o caso do Brasil para Portugal, tem basicamente três características, conhecidas pelo termo técnico de “plantation”:

_ Latifúndio: as terras são distribuídas em grandes propriedades rurais

_ Monocultura voltada ao mercado exterior: há um “produto-rei” em torno do qual toda a produção da colônia se concentra (no caso brasileiro, ora é o açúcar, ora a borracha, ora o café...) para a exportação e enriquecimento da metrópole, em detrimento da produção para o consumo ou o mercado interno.

_ Mão-de-obra escrava: o negro africano era trazido sobre o mar entre cadeias e, além de ser mercadoria cara, era uma mercadoria que gerava riqueza com o seu trabalho...


País: Haiti
Características do Modelo Colonial:
A era moderna do Haiti é inaugurada por um genocídio. Em 1492, Cristóvão Colombo descobre a ilha de La Española, hoje em dia dividida entre Haiti, ao ocidente (oeste), e a República Dominicana, ao Oriente (leste). Em menos de meio século, a maioria de seus primitivos habitantes, mais de 300 mil índios taínos, havia sido exterminada, dizimada pela escravidão nas minas de ouro, em massacres e epidemias. A partir de 1505, é introduzido na ilha o cultivo da cana de açúcar. Barcos negreiros trazem escravos africanos para trabalharem no plantio. Na medida em que os colonos espanhóis, frente ao esgotamento das minas de ouro, abandonam a ilha rumo a América do Sul, os franceses ocupam a ilha de Tortuga, no norte do Haiti. Em 1697, a Espanha aceita a soberania francesa nessas terras que, após um século, recebem o nome de Haiti.

Graças ao cultivo da cana de açúcar, cuja importância era similar a de petróleo atualmente, o Haiti se converte em uma das colônias mais ricas do mundo. Uma riqueza que se baseava na brutal exploração de mais de 500 mil escravos africanos obrigados a trabalhar de sol a sol em condições desumanas. No momento da Revolução Francesa, a população de escravos é dez vezes maior do que a de brancos e de homens livres, majoritariamente mestiços e negros que obtiveram ou compraram sua liberdade.

Quando começaram a chegar os primeiros ecos da Revolução Francesa, em 1789, as aspirações de liberdade se expressam na voz de Toussaint Louverture, o Espartaco Negro. Sua figura domina a história até 1804, quando o Haiti conquista sua independência. Mais de 200 mil pessoas, a maior parte negros, morreram durante aquela revolução. Foi não só a primeira revolução anti-colonial triunfante na América Latina como, também, a primeira revolução vitoriosa de escravos no mundo.
Mas a economia haitiana estava em ruínas. As plantações haviam sido devastadas e ressurgiu o antagonismo entre a maioria negra e a minoria mestiça. Temendo um contágio abolicionista, as potências dessa época, que em sua maioria não haviam abolido a escravidão, isolaram e marginalizaram a jovem República negra. A guerra pela independência na América espanhola e uma larga série de guerras civis que sucederam impediram também a unidade de ambos os processos revolucionários.


Listas de Características
A- Colonialismo português (Brasil) e inglês (Estados Unidos).
B- Concentração da colonização espanhola.
C- Brasil.
D- Argentina, Paraguai, Peru e Haiti.
E- Haiti e partes do Canadá
F- Estados Unidos e partes do Canadá
G- Característica comum em todas estas regiões, seja por meio do extrativismo de peles, madeiras, metais preciosos ou do cultivo de cana-de-açúcar e algodão.
H- Principalmente, em virtude do clima, no norte das colônias inglesas.

I - Em todas as regiões.

J- Colonias inglesas da america do norte.
K- Brasil, Haiti e Colonias espanholas.
L- Sul da colonia inglesa
M – Principalmente Brasil e Haiti
N- Haiti
O- Argentina, Paraguai, Peru e Haiti
P- Brasil.
Q- Estados Unidos e parte do Canadá
R- Brasil, Argentina, Paraguai, Peru e Haiti
S- Brasil, Argentina, Paraguai, Peru

T- Haiti

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Estados Unidos: Inglaterra, algodão, extrativistas, protestante, Tordesilhas, litoranea e comercial.Brasil: )
Portugal, litorânea, extrativista, policultura local, indígena, africanos, cana-de-açúcar, igreja católica, Tordesilhas, engenho.
Haiti: França, extrativistas, cana-de-açúcar, indígena e Tordesilhas.
México: Espanha,interiorana,extrativista,policultura local,indígena,e africanos,cana-de-açúcar,chapetones,igreja católica e Tordesilhas.
Argentina: Espanha,interiorana,extrativista,policultura local,indígena,e africanos,cana-de-açúcar,chapetones,igreja católica e Tordesilhas.

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a) Região Amazônica: ocupada pelos jesuítas e marcada pela extração de drogas do sertão. Foi assegurada como território português pelo Tratado de Madrid (1750).

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b) Vale do rio São Francisco: ocupada por criadores de gado, o São Francisco também era conhecido como Rio dos Currais.
c) Interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso: Regiões exploradas por bandeirantes e, posteriormente ocupadas pela mineração.
d) Pampas gaúchos: Região marcada pela criação de gados pela ocupação dos jesuítas e pelas bandeiras.
e) De um titulo ao mapa: ECONOMIA NO SISTEMA COLONIAL.

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1) Não. O autor critica a diferenciação entre a colonização inglesa e portuguesa, sendo a primeira vista como um processo de povoamento, em que os colonos estavam comprometidos com a construção e não com a exploração de suas terras.
2) A produção de produtos agrícolas, para servir ao mercado europeu ( cana de açúcar, algodão), a escravidão africana e a formação de latifúndios.O Brasil Colonial aproxima-se mais das colônias do sul dos Estados Unidos.
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1) - E
2) - E