segunda-feira, 6 de setembro de 2010

NAPOLEÃO BONAPARTE


Um povo só se deixa guiar quando lhe apontam um futuro. Um líder é um comerciante de esperanças”.
Napoleão Bonaparte

•Napoleão Bonaparte dominou a história da Europa de 1799 a 1815.
•Um dos mais famosos generais dos tempos contemporâneos e um extraordinário estadista nascido em 1769 em Ajácio, na Córsega, ilha do Mediterrâneo sob administração da França.
•Deixou marcas duradouras nas instituições da França e de grande parte da Europa ocidental.
•Em 1785, com 16 anos ele já era tenente do exército francês. Estudou na academia militar de Brienne e na de Paris, saindo como oficial de artilharia (1785)
•Aderiu à Revolução francesa (1789), uniu-se aos jacobinos, serviu como tenente da recém-criada guarda nacional e transformou-se num dos principais estrategistas do novo sistema de guerra de massa.
•Fez uma carreira meteórica e se destacou pela originalidade nas campanhas militares. Capitão de artilharia na retomada de Toulon aos ingleses e foi promovido general-de-brigada (1793), o mais jovem general do Exército francês.

•Após a queda de Robespierre foi detido sob acusação de ser jacobino, mas depois foi encarregado de dirigir a repressão ao levante monarquista de Paris (1795).
•Casou-se com Josefina (1796), viúva de um general guilhotinado e tornou-se o comandante-em-chefe do Exército nas campanhas da Itália, contra os austríacos (1795-1797), e do Egito, contra os ingleses (1796-1799).

•Liderou um golpe de Estado (1799), instalou o Consulado e fez-se eleger cônsul-geral, apoiado em um plebiscito popular.
•Promulgou uma Constituição de aparência democrática. Organizou o governo, a administração, a polícia, a magistratura e as finanças.
•Tomou medidas despóticas e antiliberais, como o restabelecimento da escravidão nas colônias, e outras de grande importância econômica, como a criação do Banco de França (1800).

•Napoleão fez paz com a Igreja a fim de restaurar a estabilidade da França.
• Concluiu com o papa Pio VII a concordata (1801), que restabelecia a igreja na França, embora submetida ao estado.
•Em 1801 Napoleão fez um acordo com o papa que reconheceu catolicismo como a religião da maior parte da França.
•Com este acordo Napoleão, em paz com a Igreja e aqueles que tinham confiscado suas terras, consegue unificar a legislação francesa.
• Antes da revolução, a França tinha mais d4 300 sistemas jurídicos diferentes.
•A parte mais importante do novo código foi o Código Civil, ou Código napoleônico .

•A União reconhece igualdade perante a lei, o direito de escolher uma profissão, tolerância religiosa, e o fim da escravidão e feudalismo.
• O Código também torna ilegal sindicatos e proíbe greves.
• Também trás mudanças revolucionárias, tais como, facilita o divórcio tanto para homens como para as mulheres e permite que as crianças, incluindo filhas, possam herdar bens.
. Napoleão desenvolveu um poderoso, controle da máquina administrativa com promoção com base na capacidade.
•Este “plano de carreiras” com base na capacidade foi uma mudança a classe média vinha procurando.
•Com isso, criou uma nova aristocracia com base no mérito e na capacidade de prestar serviço.

•Ele controlava todos jornais e insistia que o governo checassem todos os artigos antes de serem publicados e, tendo polícia do governo podia ler as correspondências das pessoas.
•Certa vez, quando perguntado sobre quem era a maior mulher da história, ele respondeu: "Aquela que teve a maior quantidade de crianças."
•As conquistas Napoleão começaram logo que chegou ao poder.
•Primeiro, ele conseguiu um tratado de paz (1802), com muitas nações que estavam em conflito com a França, após a execução de Luís XVI.
•No entanto, em 1803, a guerra foi deflagrada.
•De 1805-1807, o Exército de Napoleão derrotarouos exércitos austríaco, russo e prussiano.
•Napoleão agora poderia criar uma nova ordem mundial.
•Este Império foi dividido em três partes: o império francês, os estados dependentes e estados aliados.
•Os estados dependentes foram os reinos que os parentes Napoleão governavam, incluindo Espanha, Holanda, Itália, e o Grão-Ducado de Varsóvia.
•Os estados aliados foram forçado a se juntar a ele na guerra contra a Grã-Bretanha.

•Estes incluíram a Prússia, Áustria, Rússia e Suécia.
•Napoleão tentou implantar alguns dos princípios da Revolução Francesa, como a igualdade perante a lei, tolerância religiosa e liberdade econômica, através de seu império.
•Ele “aconselhou” os seus governantes para ser reis constitucionais.
•Ele tentou destruir a ordem feudal hierárquica do Império francês e seus estados dependentes.

•Nobreza e clero perderam seus privilégios, e a igualdade de oportunidades foi declarada, juntamente com a tolerância religiosa e a igualdade perante a lei.
•A propagação dos princípios revolucionários franceses, para estes países, foi um fator decisivo no desenvolvimento das suas tradições liberais.


Resposta Européia


•A sobrevivência da Grã Bretanha e da força do nacionalismo são as duas principais causas do colapso rápido do império de Napoleão.
•Grã-Bretanha sobreviveu, principalmente por causa de seu poder naval, o que tornou a Grã-Bretanha praticamente invulnerável.
•Mesmo assim, Napoleão montou uma frota combinada franco-espanhola para derrotar a Grã-Bretanha (1805), que acabou por terminar com o sonho de Napoleão de invadir.
•Napoleão tentou usar o Bloqueio Continental para derrotar a Grã-Bretanha que era uma forma de impedir que as mercadorias britânicas alcançassem mercados continentais.
•Esta estratégia também falhou.
•A queda de Napoleão começou com a invasão da Rússia, que se recusava a permanecer no Bloqueio Continental.
•Em 1812 um grande exército de mais de seiscentos mil homens entrou na Rússia.
•Para Napoleão seria necessário uma vitória rápida e decisiva.

•Eles queimaram suas vilas, e até mesmo a cidade de Moscou, impedindo assim que os franceses conseguissem comida e suprimentos.
•A Falta de alimentos fez Napoleão deixar Moscou depois de dois meses e a recuar.
•Isso se deu em outubro, e sua "Grande Retirada" aconteceu sob condições de um inverno terrível.
•Apenas quarenta mil homens chegaram de volta na Polônia.
•Outras nações européias aproveitaram-se para atacar o exército francês enfraquecido.

•Paris foi ocupada em 1814 e Napoleão foi exilado na ilha de Elba.
•Luís XVIII, irmão de Luís XVI, restaura a monarquia Bourbon.
•O rei tinha pouco apoio.
•Napoleão escapou.

•Tropas foram enviadas para capturá-lo, mas ao ser preso, Napoleão abriu seu casaco e chamou a quem quisesse matá-lo.
•Ninguém o fez, e ao virar-se para as tropas gritou: "Vive l'Empereur" ("Viva o Imperador").
•Napoleão entrou em triunfo em Paris em 20 de março de 1815

A Queda de Napoleão


•As potências européias e Napoleão, a quem chamavam o inimigo "e perturbador da tranqüilidade do Mundo", lutaram novamente.
•Em Waterloo, na Bélgica, em 1815, Napoleão foi derrotado por um exército combinado britânico e prussiano.
•Os aliados exilaram em St. Helena, uma pequena ilha no Atlântico sul quando o poder de Napoleão foi encerrado.





Napoleão em Santa Helena: o imperador francês terminou seus dias lentamente envenenado pelos ingleses

Napoleão e o Brasil



•O Bloqueio Continental, datado de 21 de novembro de 1806, dependia, para sua real vigor, de que todos os países da Europa aderissem à idéia.
•O governo Português relutava em concordar devido à sua aliança com a Inglaterra, pois era extremamente dependente.
•O príncipe D. João, que assumira a regência em 1792, devido ao enlouquecimento de sua mãe, a rainha D. Maria I, estava indeciso quanto à alternativa menos arriscada para a monarquia portuguesa.

•Portugal tinha a Inglaterra como principal parceira para seus negócios. Pressionados por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abdicar os negócios com a Inglaterra, não participaram do Bloqueio Continental.
•Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal. A idéia era a de dividir Portugal em três reinos distintos:Lusitânia Setentrional, Algarves e o resto do país, a ser administrado diretamente pela França Imperial até ao fim da Guerra.

•Numa jogada de antecipação estratégica, pensada e planeada para evitar que a Família Real portuguesa fosse aprisionada e obrigada a abdicar, como aconteceu na Espanha, e sabendo-se que o Brasil era considerado, na época, a pérola da coroa portuguesa, toda a corte portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, saiu para o Brasil, instalando o governo português no Rio de Janeiro em 1808, tornando-a capital do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

•A saída foi precipitada, mas conseguiu-se que cerca de 15 mil pessoas saíssem para o Brasil, transferindo praticamente todo o quadro do aparelho estatal.
•Este episódio da saída da família real portuguesa para o Brasil, assim como a dificuldade encontrada por Napoleão em, por um lado, invadir Portugal e por outro, dominar Espanha, pode ser visto como uma das maiores falhas estratégicas de Napoleão que, aliás, referiu-se a ele, nas Memoires de Ste. Hélène como: c'est ça qui m'a perdu (tradução: foi isso que me fez perder).

•Além de ter provocado a vinda da família real, a fama e o fascínio por Napoleão estiveram bem presentes no Brasil nos primeiros 20 anos do século XIX. Em 1801 o futuro imperador francês poderia ter sido o patrono do primeiro movimento pernambucano para fundar uma república no país, a frustrada conspiração dos Suassunas.
•A influência de sua figura e das idéias liberais da Revolução Francesa e da independência dos Estados Unidos da América esteve muito presente entre os revolucionários pernambucanos do século XIX.

•Com a queda do império napoleônico, em 1815, numerosos oficiais preferiram o exílio nos Estados Unidos, onde havia muitas oportunidades.
•Assim, poucos meses depois da queda do império, já estavam nos EUA cerca de mil oficiais franceses de várias patentes, cujo único pensamento era libertar o imperador que definhava no clima severo da ilha de Santa Helena, em pleno oceano Atlântico, na altura de Pernambuco.

•O chefe da conspiração francesa nos EUA era o irmão do imperador, José Bonaparte, que fora rei da Espanha. Ele via no Brasil uma possibilidade de colocar em prática seus planos, e numerosos militares franceses começaram a se deslocar para Pernambuco a fim de preparar a uma operação que planejava o rapto de Napoleão e conseguiu articular a vinda para o Brasil de dois navios corsários, o Parangon e o Penguin.

•Com um “certo” apoio do governo americano, 80 oficiais franceses, cerca de 700 americanos e outro navio com 800 marinheiros, que estariam na ilha de Fernando de Noronha, atacariam Santa Helena, seqüestrariam Napoleão e o levaria para Recife e viajariam depois para Nova Orleans.

•Com a queda do império napoleônico, em 1815, numerosos oficiais preferiram o exílio nos Estados Unidos, onde havia muitas oportunidades.
•Assim, poucos meses depois da queda do império, já estavam nos EUA cerca de mil oficiais franceses de várias patentes, cujo único pensamento era libertar o imperador que definhava no clima severo da ilha de Santa Helena, em pleno oceano Atlântico, na altura de Pernambuco.


Os esforços de Napoleão, para consolidar seu poder avançam para as artes. Nesta comparação é explicita sua referência ao Império Romano.


Napoleão, O Anticristo ?


Era considerado a personificação do Mal pelos governantes da Inglaterra, Rússia, Áustria e Alemanha, as grandes potências da época, pelas guerras sangrentas que travou contra esses países.
•Em novembro de 1807, o anticristo marchava em direção ao reino de Portugal. Ou, pelo menos, assim acreditava a rainha dona Maria I, conhecida como “a Louca” por seus desvarios místicos. Para ela, a encarnação do demônio tinha nome: Napoleão Bonaparte, o homem mais poderoso do Continente.



Algumas de suas frases:
•“Os jovens executam revoluções que os velhos prepararam.”
•“Uma grande pessoa pode ser morta, mas nunca intimidada.”
•“Tenho mais medo de três jornais do que de cem baionetas.”
•“A raça humana é governada por sua imaginação.”
•“Liberdade civil depende da segurança da propriedade”.
•“A história é a versão de eventos passados que as pessoas decidiram concordar.”
•“Para obter a vitória definitiva, é preciso ser cruel.”


CÓDIGO NAPOLEÔNICO

Os cinco grandes princípios jurídicos que presidiram a redação do CN foram:
1- unidade do direito - o mesmo direito aplicado a todos o território
2- unidade da fonte jurídica - somente uma autoridade tem competência de elaborar as leis e os decretos, cabendo aos tribunais apenas interpretá-las3- caráter completo do direito - todos os novos litígios devem ser regulados por um só e mesmo direito4- independência do direito - princípio obediente ao Espirito das Leis enunciado por Montesquieu 5- evolução do direito - o direito deve adaptar-se à modificação das mentalidades.


"Minha verdadeira glória não foi ter vencido quarenta batalhas; Waterloo apagará a lembrança de tantas vitórias; o que ninguém conseguirá apagar, aquilo que viverá eternamente, é o meu Código Civil."


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