segunda-feira, 12 de abril de 2010

2o ano - Formação Estados Absolutistas

A UTOPIA, O PRINCIPE E A COCANHA
FORMAÇÃO DOS ESTADOS ABSOLUTISTAS




Nicolau Maquiavel, (Florença, 3 de Maio de 1469 — Florença, 21 de Junho de 1527). Historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É considerado como o fundador do pensamento e da ciência política moderna.
Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser.

Mesmo quem não conhece Maquiavel, conhece o termo MAQUIAVÉLICO

Definição dicionário Aurélio:
Maquiavélico: Adj. 1. Pertencente ou referente ao, ou próprio do maquiavelismo; maquiavelista. 2. Fig. Que tem, ou que há perfídia (deslealdade, traição), dolo, má fé, astuto, velhaco, ardiloso

Para o senso comum, costuma-se chamar de Maquiavélico, as pessoas desprovidas de princípios, cínicas, sem caráter, mas Maquiavel dava muita importância a honestidade e a lealdade.

Seu objetivo era documentar regras de governo eficazes, baseadas nas experiências políticas até então conhecidas, independentes se eram tidas como morais ou imorais.

É comum ligar Maquiavel a Itália, mas na época (século XV)não existia como hoje.
Naquela época a península Italica estava todas dividida em pequenos estados, muitos em conflitos, sem fronteiras definidas e abertas a invasão de grupos estrangeiros.

Mapa da Italia Atual e da Península Ibérica






Mquiavel trabalhou no serviço público como Diplomata, Conselheiro, Secretário, Administrador, etc
Ele assim definiu este tempo: “foram 15 anos de intensa atividade, durante os quais, não dormi, nem brinquei.”
Apesar disso, foi acusado de conspirador e condenado a prisão e pagamento de multa.

Depois de solto, foi morar no campo, onde escreveu sua obra mais famosa: O Príncipe.
Nela viu a possibilidade de um príncipe finalmente unificar a Itália e defendê-la contra os estrangeiros. Dedicou o livro a Lourenço de Médici II, mais jovem, de forma a estimulá-lo a realizar esta empreitada. Outra versão sobre a origem do livro, diz que ele o teria escrito em uma tentativa de obter favores dos Médici, e assim voltar a vida pública.

A Obra trata dos principados hereditários e dos novos principados, mostrando as condições de conquista, conservação, queda e os obstáculos que um governante encontra e de que forma poderá superá-los.

Segundo Maquiavel, a conquista e manutenção do poder se dá de 4 formas:
1. A capacidade de se alcançar um fim (Virtù)
2. O que escapa de nosso controle (Fortuna)
3. Violência
4. Consentimentos dos cidadãos
Aquilo que escapa do controle deve servir de motivação para que o Governante use de sua capacidade de atingir um fim ao qual ele se programou (seu objetivo), para usa-las a seu favor.
Para ele, a Virtù é indispensável para o sucesso do Principe, que deve ser, antes de tudo, um sábio.

Atualmente, acredita-se que Maquiavel não inventou uma teoria política, apenas descreveu as práticas que viu refletindo sobre elas, aquilo que ele vivenciou em sua época. Mostrou q realidade como ela é e não como gostariam que fosse.

Conselheiro de tiranos???
Essa análise começou a difundir-se com a Reforma e a Contra-Reforma. Se até então suas obras eram ignoradas, a partir daí, o autor e suas obras passaram a ser vistos como perniciosos, sendo forjada a expressão "os fins justificam os meios", não encontrada em sua obra.
Foi muito difundida no século XVI e encontram-se aproximadamente 400 peças que citam Maquiavel, todas vinculando seu nome à maldade, a ardilosidade e a falta de escrúpulos. William Shakespeare, usou algumas de suas idéias em suas peças.
Por tudo isso, Maquiavel se tornou um marco no debate entre a ética e a política, entre aquilo que é e o que gostaríamos que fosse.
Paralelamente ao surgimento das idéias de Maquiavel, a Europa Medieval é invadida por utopias
Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516. Segundo a versão de vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.

Utopia significa a idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica.
Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo.
A palavra foi criada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe".
O "utopismo" consiste na idéia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. O utopismo é um modo não só absurdamente otimista, mas também irreal de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.

Utopia é uma comunidade que estabelece a propriedade comum dos bens. Não enviam seus cidadãos à guerra - salvo em casos extremos -, mas contrata mercenários entre seus vizinhos mais armados. Todos os cidadãos da ilha vivem em casas iguais, trabalham por períodos no campo e em seu tempo livre se dedicam a leitura e a arte. Toda a organização social da ilha aponta a dissolver as diferenças e a levar à igualdade.
Todas as cidades devem ser geograficamente iguais.

Na ilha há paz total e uma harmonia de interesses que são resultado de sua organização social. Não há conflitos e seus potenciais possibilidades de materializa. Em geral se define a comunidade utopiana como uma sociedade perfeita em sua organização e completamente equilibrada na distribuição dos recursos.
O alfabeto Utopiano, apresenta bases latinas e gregas.

REINO DE COCANHA
A Cocanha é um país mitológico, conhecido durante a Idade Média. Nela, não havia trabalho e o alimento era abundante. Vivia-se entre os rios de vinho e leite, as colinas de queijo e leitões assados que ostentavam uma faca espetada no lombo. O País da Cocanha, ou Cocagne, foi retratado pelo pintor Pieter Brueghel.
Cocanha seria um lugar onde todos os desejos seriam instantaneamente gratificados.



Fonte da juventude
A fonte da juventude, segundo a lenda, possui águas capazes de rejuvenescer a pessoa que bebê-las.
Acreditava-se ter sido descoberta pelos árabes e depois roubada pelos bárbaros, que, por sua vez, foram amaldiçoados e o barco deles afundou, levando a fonte da juventude junto. Desde então algumas pessoas acreditam que a fonte, por não ser natural e conter águas muito puras, não foi atingida pelo mar e flutua pelo oceano até que um dia vai bater em alguma margem

Reino de Preste João



Acreditava-se ser O Preste João, um soberano cristão do Oriente que detinha funções de patriarca e rei, correspondendo, na verdade, ao Imperador da Etiópia.
"Preste" é uma mudança da palavra francês “Prêtre”, ou seja, padre. Diz-se que era um homem virtuoso e um governante generoso.

Dizia-se também que era descendente de Baltasar, um dos Três Reis Magos.
Como não se tinha notícias reais desse império cristão, crescia a fantasia em redor do seu reino: falava-se de monstros vários (entre os quais os homens com cabeça de cão), paisagens paradisíacas, etc.
O Inferno e o Paraíso num só território.

2o ano - Reforma Religiosa e Contra Reforma

REFORMA RELIGIOSA EUROPÉIA E CONTRA REFORMA CATÓLICA

No início do século XVI, a mudança na mentalidade das sociedades européias repercutiu também no campo religioso. A Igreja, tão onipotente na Europa medieval, foi duramente criticada.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.



A burguesia comercial, em expansão, estava cada vez mais inconformada com os padres católicos que estavam condenando o lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergentePor outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.


O novo pensamento renascentista também fazia oposição a Igreja. As pessoas começava a ler mais com opinião cada vez mais crítica.
Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo.
Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.


*- Crítica à moral dos padres – muitos eram envolvidos em escândalos amorosos, bebiam, vendiam os sacramentos, etc...
*- Sentimento nacionalista – com o fortalecimento das monarquias nacionais, os reis passaram a encarar a Igreja, que tinha sede em Roma e utilizava o latim, como entidade estrangeira que interferia em seus países.


Protestantismo













No século 16, um padre alemão chamado Martinho Lutero iniciou um movimento de reforma religiosa que culminaria num cisma, ou seja, numa divisão no seio da Igreja Católica. Foi assim que surgiram outras igrejas, igualmente cristãs, mas não ligadas ao Papado.

Lutero e os outros reformistas desejavam que a Igreja Cristã voltasse ao que eles chamavam de "pureza primitiva".
Entre outras propostas, o cancelamento das indulgências - carta emitida pela igreja que dava perdão aos mortos e vivos. (claro que mediante um pagamento)

A mediação da Igreja e dos Santos também deixaria de existir, prevalecendo então a ligação direta entre Deus e a humanidade. É por isso que, nas igrejas protestantes, não vemos imagens de santos e nem temos o culto à Virgem Maria, mãe de Jesus.

AS 95 TESES

Lutero afixou na porta da Igreja de Wittenberg 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.
Entre ontras, condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ).

A salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época.
Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.

Conseqüências...

Lutero foi excomungado pelo papa Leão X em 1521.
Como também não quis se retratar ao imperador Carlos V, foi expulso do Sacro Império Romano-Germânico. Refugiou-se num palácio e traduziu a Bíblia para o alemão.

O termo protestante...

Em 1529, Carlos V decidiu que a doutrina luterana passaria a ser tolerada nas regiões convertidas, mas proibida no restante da Alemanha.
Os luteranos protestaram e daí nasceu o termo protestante.

Fundamentos da Doutrina Luterana
Livro Sagrado: A Bíblia é a única fonte de fé.
Salvação Humana: pela fé em Deus
Sacramentos: Eucaristia e Batismo
Rito religioso: culto simples (língua nacional)
Áreas de influência: Norte da Alemanha, Dinamarca, Noruega, Suécia, Finlândia.

O Calvinismo






Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo.

Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade.
Calvino também defendeu a idéia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).

Fundamentos da Doutrina Calvinista
Livro Sagrado: A Bíblia é a única fonte de fé.
Salvação Humana: pela fé em Deus. Predestinação
Sacramentos: Eucaristia e Batismo
Rito religioso: culto simples (língua nacional)
Áreas de influência: Suíça, Países Baixos, parte da França, Inglaterra (puritanos), Escócia .

A Reforma Anglicana
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar seu casamento.
Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.

Fundamentos do Anglicanismo
Livro Sagrado: A Bíblia é a única fonte de fé.
Salvação Humana: pela fé em Deus.
Sacramentos: Eucaristia e Batismo
Rito religioso: Culto conservando a forma católica (liturgia, hierarquia da Igreja).
Uso da língua nacional (inglês).
Áreas de influência:Inglaterra


A Contra-Reforma Católica

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação.

No Concílio de Trento ficou definido :
*- A salvação humana – depende da fé e das boas obras.
*- A fonte da fé – a Bíblia (melhor interpretada pela Igreja) e a tradição religiosa.
*- A missa e a presença de Cristo – a Igreja reafirmou que no ato da eucaristia ocorria a presença real de Jesus no pão e no vinho.
*- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresiasè Criação do Index Librorium Proibitorium ( Índice de Livros Proibidos ) : Evitar a propagação de idéias contrárias à Igreja Católica
*- A salvação humana – depende da fé e das boas obras.
*- A fonte da fé – a Bíblia (melhor interpretada pela Igreja) e a tradição religiosa.

Filme - Egito Antigo

http://www.youtube.com/watch?v=gobQ4F9cpUc

2o ano - RENASCIMENTO CULTURAL

RENASCIMENTO CULTURAL EUROPEU

O Renascimento refere-se a um conjunto de mudanças profundas produzidas na cultura e na sociedade Europeias, nos séculos XV e XVI. Este movimento fez a transição da Idade Média para a Idade Moderna para uma ordem intelectual profana. Ouve um novo interesse, da parte dos sábios do Renascimento, pelos textos da antiguidade clássica (em Latim e Grego).

Nascimento do Humanismo

O humanismo nasceu em Florença, nas últimas décadas do séc. XIV. Petrarca (1304-1374) foi o primeiro a colocar o homem como sendo o centro de toda ação e como agente principal no processo de mudanças sociais. Este novo interesse fez com que se explorassem as escolas monásticas em busca de documentos perdidos. Uma das mais importantes foi a descoberta das obras completas de quinze diferentes autores, na biblioteca do mosteiro beneditino de Saint-Gall. Foi pela descoberta deste documento que se deram as bases da arquitectura humanista, pois não só era a única referencia ao modo de construção da Antiguidade como dava ainda informação essencial para a formulação do Classicismo na arquitectura

Características do Humanismo
Antes do pensamento humanista, o centro do pensamento era Deus, um pensamento teologista. A partir deste movimento, passa a haver um antropocentrismo. Para o homem Renascentista, o ser humano continua a ser uma obra de Deus mas tem livre-arbítrio e é dono das suas decisões, podendo decidir o seu destino. A obra humana passa a ser valorizada não como uma obra de Deus mas como sua própria criação. Submeteu o sensorial ao racional, resultando numa necessidade de retratar o mundo tal como era, percepcionando pelos olhos e não numa visão idealizada

Humanismo Social
O humanismo afetou, além das artes e a ciência, a sociedade nas ideias políticas, nascendo a república no início do século XV. A ideologia baseava se na crença que cada indivíduo, cada cidadão tinha a capacidade de participar nas ações politicas, dando enfase na autonomia humana.






O Nascimento de Vênus é uma pintura de Sandro Botticelli, A pintura representa a deusa Vênus emergindo do mar como mulher adulta, conforme descrito na mitologia romana.É provável que a obra tenha sido feita por volta de 1483







A Última Ceia é uma pintura de Leonardo da Vinci. Representa a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem, já que esta pintada sobre a parede do refeitorio do convento de Santa Maria delle Grazie (Milão)


Mona Lisa (1503-1507Louvre) é o retrato que mais tem gerado em termos de literatura -tem dado origem a contos, romances, poemas, óperas e paródia. Foi uma obra famosa desde o momento da sua criação. Inspirou e continua a inspirar muito.





Galileu Galilei ) (Pisa, 15 de fevereiro de 1564Florença, 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano que teve um papel preponderante no Renascimento Cultural

Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo.
O Papa Urbano VIII, pediu a Galileu escrever um livro em que os dois pontos de vista, o helio e o geocentrismo, fossem defendidos em igualdade de condições. Em 1630, com a obra terminada, Galileu viajou a Roma para apresentá-la pessoalmente ao Papa. Este fez apenas uma leitura brevíssima e entrega-a aos censores do Vaticano que levou a um grande atraso nesta avaliação. Galileu era cristão fervoroso, mas viveu numa época onde a Igreja Católica sofria derrotas Reforma Protestante. Galileu foi julgado e apesar de se encontrar bastante doente foi condenado a desmenttir publicamente suas idéias e à prisão. Seus livros foram censurados e proibidos, mas foram publicados nos Países Baixos, onde o protestantismo tinha já substituído o catolicismo, Reza a lenda que, ao sair do tribunal após sua condenação, disse uma frase célebre: "Eppur si muove!", ou seja, "contudo, ela se move", referindo-se à Terra.

O Renacimento Cultural mudou por completo todo o pensamento humano, e nao foi só uma nova maneira de fazer arte. Foi uma maneira de ver o mundo, que trouxe um pouco de ''luz'' aos homens, e que os fez sair das sombras da Idade Média. O pensamento humano volta a ser desenvolvido, volta a existir valor Humano e não apenas o valor que se atribuía por completo a Deus. A partir desta época há uma evolução praticamente em todos os aspectos do Homem, desde a maneira de ver o Mundo, de representar o mundo, de estudar o mundo.

Atividade - 1º ano - Formação das cidades

História e problemas da urbanização
A abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas. Exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas.
A necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, centro administrativo que reunia várias aldeias surgidas em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.
As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque. Por volta de 2500 a.C, acredita-se que Ur chegou a ter 50 mil habitantes, enquanto Babilônia, 80 mil. Depois outras cidades surgiram ainda associadas aos vales fluviais como Mênfis e Tebas, no vale do Nilo (Egito); Mohenjodaro, no vale do Indo (centro-norte da Índia); Pequim e Hang-chou, no vale do rio Amarelo (China).
Diversos pesquisadores afirmam que essas cidades fazem parte de "civilizações hidráulicas", pois surgiram associadas e dependentes aos rios que as abasteciam, principalmente em relação à necessidade de terras férteis e de irrigação para a produção de alimentos excedentes. Também surgiram cidades por volta de 500 a.C, como Tenochtitlán, capital do Império Asteca (atual Cidade do México) que chegou a ter 100 mil habitantes.
Com o passar do tempo as cidades chegaram a atingir dimensões impressionantes. Atenas, na Grécia antiga, em sua fase esplendorosa chegou a ter por volta de 250 mil habitantes. Já Roma, a capital do Império Romano, chegou a congregar no século 1º d.C., mais de um milhão de habitantes. Devido à expansão do Império Romano, novas cidades surgiram no norte da África, no Oriente Próximo, na Grécia, na Gália e na Bretanha.
Com a invasão dos povos bárbaros - vindos do norte e do leste da Europa - nas terras do Império Romano, encerrou-se o período histórico conhecido como Antigüidade e teve início a Idade Média, caracterizada por um retrocesso da urbanização.
Independentemente dos exemplos acima, a urbanização ganhou escala mundial somente no século 20.
Industrialização e crescimento urbano
O início desse processo de urbanização originou-se com a primeira Revolução Industrial no final do século 18, a partir da Inglaterra. A evolução das técnicas agrícolas, trazidas por ela, permitiu que o trabalho humano fosse sendo substituído pela força das máquinas. Isso possibilitou que o êxodo rural se tornasse a maior causa da urbanização nos últimos dois séculos.
Ao mesmo tempo em que expulsava a mão-de-obra do campo, a industrialização exercia uma força de atração das populações para as cidades, pois criava novos postos de trabalho urbano. Esse processo crescia a cada ano, porque com o aumento da população da cidade, o comércio foi estimulado, gerando mais postos de trabalho. Além disso, para atender a esse crescente contingente de pessoas que migraram para as cidades, houve também o crescimento do setor terciário, por causa da criação de novos serviços, o que originava mais trabalho.
Urbanização hoje
No século 20, o processo de urbanização se generalizou, ou seja, se espalhou por toda a superfície do planeta. Vale lembrar que até meados deste século o fenômeno da urbanização era lento e circunscrito aos países que primeiro se industrializaram, os chamados países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, a urbanização se intensificou a partir de 1950, graças ao crescimento da industrialização.
No início do século 19, menos de 5% da humanidade vivia em cidades. No início do século 21, mais de 50% da população mundial já vive em cidades. Atualmente, três quartos dos habitantes dos países desenvolvidos vivem em cidades. Já entre os países em desenvolvimento, há grandes diferenças. Por exemplo, enquanto na América Latina e no Caribe a taxa de urbanização é tão elevada quanto à de países desenvolvidos, na Ásia e na África o índice não passa de 38%. Dados estatísticos confirmam que, de fato, a urbanização no mundo não é homogênea.


Problemas urbanos
O inchaço das cidades gera graves conseqüências econômicas e sociais nos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, devido à rapidez do processo de urbanização e da carência de infra-estruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de esgoto, de saúde e de moradia) para atender a todos os habitantes. Segundo a ONU, 30% da população mundial que reside em cidades vivem na absoluta pobreza. Entre 20 milhões e 40 milhões de famílias não têm onde morar e por volta de 920 milhões residem em favelas ou áreas irregulares.
Outro problema é a falta de postos de trabalho, o que leva 37% dos habitantes das cidades de países em desenvolvimento a trabalhar no setor informal. A esses problemas se somam o trânsito caótico, a alta produção de lixo, a violência, a poluição atmosférica, do solo e das águas, etc.
Para os problemas urbanos, de qualquer modo, não existem soluções mágicas, que se possam obter em curto prazo. Isso, se de fato existirem soluções - o que ninguém pode prever. No entanto, uma coisa é certa: o processo de urbanização é irreversível.

Civilizações hidráulicas
As primeiras Civilizações que surgiram na História se localizavam no Oriente Próximo (Oriente Médio e litoral do Mediterrâneo Oriental), pois ali, em meio a terras áridas e extensos desertos, era possível encontrar áreas extremamente férteis, especialmente às margens de grandes rios, como o Nilo, o Tigre, o Eufrates e o Jordão.
Ainda na Pré-história, diversas tribos migraram para essas regiões em busca de melhores condições de vida. Com o passar dos séculos, a agricultura foi se aperfeiçoando e se fez indispensável à construção de obras de irrigação (canais, valas, diques, muros de contenção) que pudessem ampliar a possibilidade de produção de alimentos.
Decorre daí a necessidade da formação de Estados centralizadores, até mesmo militarizados, capazes de organizar os homens, a fim de submetê-los ao trabalho tanto nas obras de irrigação quanto na lavoura, garantindo assim a sobrevivência de todos e o poder de uma elite política senhora das terras. Por isso esses povos receberam a denominação de Civilizações Hidráulicas, já que toda sua organização sociopolítica tinha como foco o controle das águas e da produtividade agrícola.
Dentre as Civilizações Hidráulicas podemos destacar: o Egito, a Palestina e a Mesopotâmia.

QUESTÕES

RESPOSTAS
1) O que levou ao aparecimento das cidades?
R Com a necessidade do trabalho que demandava a cooperação entre os homens, como a abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos, a construção de represas e poços, que eram obras que requeriam o trabalho coletivo da população de várias aldeias, para o melhor aproveitamento das águas, e que exigiam também uma direção centralizada, capaz de dividir e racionalizar as tarefas, levou à necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, ou seja, um centro administrativo que reunia várias aldeias surgido em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.
2) Quais são consideradas as primeiras cidades ? Onde se localizavam ?
R: As primeiras cidades como Ur e Babilônia, surgiram na Mesopotâmia, nos vales dos rios Tigres e Eufrates, no atual Iraque

3) O que são Civilizações hidráulicas ? Cite algumas delas.
R: São denominadas de Civilizações Hidráulicaspoisjá que toda sua organização sociopolítica tinha como foco o controle das águas e da produtividade agrícola. Dentre as Civilizações Hidráulicas podemos destacar: o Egito, a Palestina e a Mesopotâmia.

4) O que possibilitou o crescimento urbano nos últimos tempos?
R: Foi, principalmente, a primeira Revolução Industrial no final do século 18, a partir da Inglaterra. A evolução das técnicas agrícolas permitiu que o trabalho humano fosse sendo substituído pelas máquinas. Isso possibilitou que o êxodo rural se tornasse a maior causa da urbanização nos últimos dois séculos.
Também a industrialização atraia as pessoas para as cidades, pois criava novos postos de trabalho urbano.

5) Quais são os principais problemas urbanos encontrados atualmente ?
R: O crescimento das cidades gera graves conseqüências econômicas e sociais aos países, sobretudo aqueles em desenvolvimento, devido à rapidez do processo de urbanização e da carência de infra-estruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de esgoto, de saúde e de moradia) para atender a todos os habitantes. Outro problema é a falta de postos de trabalho, o que leva 37% dos habitantes das cidades de países em desenvolvimento a trabalhar no setor informal. A esses problemas se somam o trânsito caótico, a alta produção de lixo, a violência, a poluição atmosférica, do solo e das águas, etc.

Atividade I - 2º ano

O ESTADO ABSOLUTISTA
Objetivo: Mostrar como e onde surgiu o absolutismo. Qual foi seu efeito na sociedade da época. Quem foram os teóricos que deram apoio a essa nova visão política, que marcou o fim da idade média e o começo da idade moderna.
O QUE FOI O ESTADO ABSOLUTISTA?
No continente europeu surgiu a partir do século XI, no período da Baixa Idade Média, pela aliança entre reis e burgueses e a necessidade socioeconômica e política da época. Uma espécie de centralização do poder. Começou na idade média e tomou forma na idade moderna.
Para uma definição mais exata pode-se classificar o absolutismo como uma forma de governo autoritário, que está nas mãos de uma pessoa ou um grupo social. Estes tem o poder absoluto sobre o estado. Com essa idéia em mente não é de admirar os abusos que foram cometidos pelos governantes.
O absolutismo seria a expressão política do mercantilismo.
Para tudo isso acontecer, foi necessário a ajuda dos pensadores dos que idealizaram essa forma de governo.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO
As mudanças culturais através do Renascimento, na sociedade, ajudaram a reestruturar a visão política da Europa. Sem a interferência da igreja, muitas teorias surgiram para justificar o estado absolutista.
A idade moderna rompeu com muitas idéias medievais. Veja agora alguns teóricos de destaque:
Nicolau Maquiavel (1469-1527)
Foi membro do governo dos Médices, de Florença. Em suas obras ele expressa sua indignação por ver a Itália devastada pela divisão em repúblicas rivais. A solução seria a união nacional por um interesse comum.
No século XVI, publicou o texto O Príncipe, dedicado ao príncipe Lourenço de Médicis. Nesta obra ele comenta sobre as artes de conquistar e manter o poder. Foi publicado em 1513. algumas de suas recomendações eram que para governar é preciso a astúcia, sutileza e um bom exército. Por citar Moisés , um personagem bíblico, ele insinuou a ligação de Deus com a posição dos reis. Com se os reis fossem representantes de Deus aqui na terra.
Para Maquiavel, a necessidade de ter um estado forte justifica qualquer atitude.
Thomas Hobbes(1588-1619)
Este foi o teórico que melhor definiu a ideologia absolutista. Sua obra foi o livro Leviatã, onde mostra sua idéia de um estado poderoso e dominante. Este é necessário para manter a ordem do governo, sem ela os homens viveriam em constantes guerras. Como se o monarca fosse o protetor da lei e da ordem.
Para Hobbes, o estado absoluto surgiu em função do avanço da sociedade. Que antes era primitiva, sem leis, cada um por si. Mas depois que a razão e a autoconservação entram na sociedade,surgiu a necessidade da união para a criação de um estado forte. Neste estado há uma espécie de contrato ou acordo, onde cada cidadão concederia seus direitos à um soberano.
Para Hobbes, a autoridade do estado tem de ser absoluta para proteger os cidadãos da violência e do caos. O soberano pode governar com autoridade, pois esta foi concedida pelo povo.
Jacques Bossuet(1627-1704)
Bossuet defendeu fortemente a teoria do direito divino dos reis. Cuidou da educação do filho do rei francês Luis XIV. Suas obras foram Memórias para educação do Delfim e Política.
Para Bossuet a autoridade real é sagrada. O rei age como ministro de Deus na terra, logo uma rebelião contra o rei seria o mesmo que rebelasse contra Deus.
Sua influência foi forte na dinastia francesa dos Bourbon.

Jean Bodin ( 1530- 1596)
Sua obra foi A República, este defendia a idéia da soberania não-partilhada, ou seja, o rei pode governar sem a interferência, ou restrição de alguém, pois ele teria o poder de legislar sem a permissão de outros.
Hugo Grotius(1530-1596)
Sua obra foi Do direito da paz e da Guerra. Embora comente sobre direito internacional, aparece com mesmas idéias dos outros teóricos: a defesa de um governo despótico, com poder ilimitado para assim não haver o caos político na sociedade.
Agora os resultados de tantas ideologias foram vistas em alguns países.
O ABSOLUTISMO NA FRANÇA
A centralização política da França vem desde a guerra dos Cem Anos (1337-1453). O absolutismo francês teve seu auge na dinastia dos Bourbons.
Durante o século XVI, ainda na dinastia Volois, havia conflitos internos, tanto políticos como religiosos. O conflito maior ficava a estrutura político-econômica do governo. Pois os burgueses, que eram a fonte do governo, adotaram o calvinismo como religião enquanto o estado tinha forte influência católica.
No governo de Carlos IX (1560-1574) a luta de católicos e Huguenotes ( calvinistas franceses) foi forte.
Os católicos tinham o apoio real. Os huguenotes sob o comando dos Bourbons colocaram em confronto a nobreza católica e os burgueses mercantilistas calvinistas. O auge dessa luta foi em 24 de agosto de 1572, A Noite de São Bartolomeu, onde houve o massacre de mais de 3 mil huguenotes, incluindo mulheres e crianças. Isto provocou instabilidade política e colocou o trono francês em risco. Por isso Henrique III, filho de Catarina de Médici, aliou-se a Henrique Bourbon, líder dos Huguenotes e o fez seu herdeiro político. Nesse tempo o católico Henrique Guise disputou a liderança com Henrique III, essas disputas ficaram conhecidas como a Guerra dos três Henriques. O final foi: Henrique de Guise morreu, Henrique Bourbon saiu vitorioso e tornou-se herdeiro de Henrique III.
DINASTIA BOURBON
Com a morte de Henrique III em 1589, Henrique Bourbon assumiu poder com o nome de Henrique IV. Mas este por ser protestante enfrentou forte oposição. Os conflitos armados foram tantos, que Henrique viu-se obrigado a fugir de Paris. Para poder ser de fato rei dos franceses, Henrique abandona o protestantismo e assim é coroado rei.
Este novo rei fortaleceu o absolutismo, por implantar uma política econômica mercantilista. Assinou em 1598 o Edito de Nantes, que concedia liberdade de religião aos protestantes. Com isso o rei refez a aliança com os burgueses.
O sucessor de Henrique IV foi Luis XIII (1610-1643). Em seu reinado destaca-se a figura de seu primeiro ministro o Cardeal Richelieu ( 1624- 1642), que ampliou os poderes absolutos do rei e lançou a França na disputa pelo comércio internacional e a posse de colônias. Também cassou os direitos dos que eram opositores do rei. Abriu caminho para os burgueses terem acesso a cargos na administração pública, mesmo sob a proteção de edito de nantes, ele perseguiu protestantes. Richelieu levou a França intervir na Guerra dos trinta anos. Pois neste conflito visava a disputa à hegemonia política européia.
O apogeu do absolutismo francês foi com o rei Luis XIV (1643-1715), chamado também de “Rei sol”,devido suas grandes realizações. Por ter assumido o trono ainda jovem, teve como ministro outro cardeal, Mazarino. Este aplicou uma política centralizadora, eliminou as frondas,ou seja, as associações de nobres e burgueses, que eram contra o absolutismo e os tributos impostos ao povos para repor os prejuízos aos cofres reais por causa do apoio à guerra dos trinta anos.
Após a morte do Cardeal, o ministério das finanças foi para Jean Baptiste Colbert, que fez a base para o mercantilismo francês. Este promoveu o desenvolvimento da manufatura, navegação e das conquistas territoriais na Ásia e América.
Na época de Luís XIV, foi um período de cultura na França e berço de pensadores e artistas. Infelizmente em 1685, Luis XIV reformulou sua política religiosa e revoga o Edito de Nantes.
Esta atitude fez com que muitos huguenotes, boa parte burgueses, fugissem da perseguição religiosa. Isto arruinou a economia mercantil e abriu caminho para as críticas ao regime absolutista.
O poder francês na Europa começou a cair nos reinados de Luis XV e Luis XVI. Porque a corte fazia gastos excessivos, os impostos eram muitos sobre os burgueses e a população além das derrotas militares.
A França entrou em duas guerras. A primeira foi a Guerra dos Sete anos(1756-1763), onde a França enfrentou a Inglaterra disputando o mercado europeu e áreas para colônias. Mas perdeu dois territórios , o Canadá e a Índia. A segunda foi a guerra de independência dos Estados Unidos (1776-1781), o apoio nesta guerra, causou dificuldades econômicas a França. Com todos esses fatores, foram surgindo motivos e condições para a Revolução Francesa de 1789 que daria fim ao Regime francês.
O ABSOLUTISMO NA INGLATERRA
O poder real na Inglaterra começou no século XVI, com a dinastia Tudor.
Henrique VIII ( 1509-1547), segundo rei da série, impôs-se sobre a nobreza enfraquecida, unificou o país e chocou-se com o Papado. Este choque parecia simples e fútil. Na verdade o rei queria separar-se de sua esposa , Catarina de Aragão, para casar-se com outra, Ana Bolena. Mas com a proibição do Papa, Henrique rompeu com a igreja e fundou a igreja anglicana. Esse conflito serviu como pretexto para que o rei confiscasse os bens da igreja, que foram redistribuídos ou vendidos para os nobres.
Por volta de 1570 a indústria de lã e a escavação das minas de carvão cresceram. O comércio internacional também aumentou e serviu de estímulo para a construção naval.
Com o avanço da pirataria legitimada pelo estado (os corsários), cada império colonial teve seus lucros.
Os mercadores aventureiros e a companhia inglesa das índias orientais, dinamizou a expansão comercial, principalmente de tráfico de pessoas para as colônias.
A burguesia mercantil das cidades portuárias, principalmente Londres, ganhou importância na câmara dos Comuns. Os trabalhadores conquistaram o estatuto dos artesões, de 1563, que regulamentava suas atividades e a Leis dos Pobres, que cobrava impostos obrigatórios sobre as pessoas das comunidades para sustentar os necessitados.


QUESTÕES

RESPOSTAS
1) O que foi o absolutismo?
R: Foi uma forma de governo autoritário em que concentrava o poder absoluto do estado no comando de apenas uma pessoa ou um grupo social. Foi a expressão política do mercantilismo.

2) Cite alguns dos teóricos do absolutismo?
R: Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, Jacques Bossuet e Hugo Grotius.

3) Na França , por que o reinado do rei Luis XIV é considerado o apogeu do absolutismo francês?
R: Este aplicou uma política centralizadora, eliminou as frondas,ou seja, as associações de nobres e burgueses, que eram contra o absolutismo e os tributos impostos ao povos para repor os prejuízos aos cofres reais por causa do apoio à guerra dos trinta anos.


4) Baseado na última aula, responda: O que eram os reinos Utópicos? Por que surgiram naquele período?
R: Utopia é um termo inventado por Thomas More que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516. Fascinado pelas narrações de Américo Vespucio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503, escreveu sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita, uma civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. A palavra foi criada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe". É uma comunidade que estabelece a propriedade comum dos bens, não participam de guerras, todos vivem em casas iguais, trabalham por períodos no campo e em seu tempo livre se dedicam a leitura e a arte. A situação social, política e religiosa da época, propiciaram a disseminação da idéia de reinos utópicos talvez como forma de fugir da realidade que enfrentavam.

5) Baseado na última aula, responda: Os governos Absolutistas ainda podem ser identificados no mundo atual? Onde?
R: Sim. Para esta questão, é necessário recordar a definição de Governo Absolutista: É o que concentra todos os poderes num só órgão e tem suas raízes nas monarquias de direito divino. Se utilizarmos o período da história atual, a idade contemporânea, iniciado a partir da Revolução Francesa (1789 d.C.), podemos citar, por exemplo, o período de Czar Nicolau II na Rússia pré-revolução, a própria Rússia após a Revolução de 1917, com os Bolcheviques no poder, ou o período que Hitler comandou a Alemanha, mas se a proposta for se basear nos dias atuais, Cuba, sob o comando de Fidel Castro e seu irmão, desde Janeiro de 1959, pode ser um exemplo mais próximo, ou regime político liderado por Saddam Hussein no Iraque e de Kim Il-sung no regime norte-coreano

domingo, 11 de abril de 2010

1o Ano - Pré-História Sul-americana, Brasileira e Regional






CONHECENDO ARQUEOLOGIA




É o estudo das sociedades do passado através dos vestígios materiais por elas deixados.
Compreender os modos de vida daquelas populações.
Os estudos arqueológicos podem ser sobre diferentes épocas, desde os tempos mais antigos, a partir do surgimento da espécie humana, até períodos mais próximos do presente.

Povoamento das Américas: ainda uma duvida
Acredita-se que milênios antes do período geológico e climático atual, o clima da Terra era mais frio.
Grandes geleiras estendiam-se ao norte das regiões hoje ditas temperadas do hemisfério norte; na maior parte das regiões intertropicais, embora o clima não fosse tão frio, imperavam climas geralmente mais secos que os de hoje.

Como as águas ficavam retidas sob a forma de gelo nas zonas polares, o nível dos oceanos era cerca de 100m mais baixo. Assim, podia-se transitar a pé por uma passagem de terra entre a Sibéria e o Alasca na região conhecida como Estreito de Bering. Com as precipitações, as geleiras aumentavam, bloqueando essa passagem. Os períodos em que a travessia podia ser feita eram, portanto, bastante restritos.



Localização Estreito de Bering:
Está localizado entre a Sibéria, na Ásia, e o Alasca, na América do Norte.




Estudos mostram que há mais ou menos 12 mil anos essa região estava toda congelada, formando uma “ponte” entre os dois continentes.
As populações que iniciaram a ocupação das Américas teriam ido primeiro aos planaltos norte-americanos e, daí iniciado seu deslocamento rumo ao sul, espalhando-se por todo o continente.



E como eram os primeiros povos das américas ?



Essas populações eram formadas por caçadores-coletores, isto é, povos que viviam da caça e da coleta de produtos vegetais. Esses povos apresentavam uma grande variedade de características físicas. Havia desde indivíduos semelhantes aos povos mongolóides, com feições orientais até pessoas com traços muito mais parecidos com os dos grupos que habitavam a África e a Austrália.
Dos povos com traços orientais descendem todos os grupos indígenas existentes hoje.




Modelo criado a partir de um crânio datado de 11.500 anos e retirado de escavações de Lagoa- MG. Foi batizada de Luiza e apresenta traços parecidos com os habitantes da África e Austrália











E COMO ERAM OS ANIMAIS CAÇADOS POR ESTES POVOS ?
Alguns dos animais caçados eram os mamutes, os cavalos, a preguiça-gigante, o tigre-dente-de-sabre, o tatu-gigante.
Todos foram extintos por causa do excesso de caça e do aumento gradual da temperatura, ocorrido no final do período geológico chamado de Pleistoceno.
Pleistoceno é o período entre 4 milhões e 10 mil anos atrás.

Ilustração de Um Bicho Preguiça Gigante e Tatu Gigante. Ambos extintos no período Pleistoceno.
E qual é a data de ocupação do continente americano ?

Existem muitas dúvidas sobre a data das primeiras migrações, pois ao longo dos anos novas descobertas arqueológicas são feitas, ampliando o conhecimento que se tinha até então sobre o povoamento das Américas.
Mas existe alguma coisa certa?
As pesquisas apontam que por volta de 10 mil anos atrás já existia a presença humana em todo o continente. Isso é comprovado por registros arqueológicos. Também é certo que há cerca de 12 mil anos uma parte do território brasileiro já era ocupada por populações de caçadores-coletores.

Mas como podemos ter certeza disso?
Pelas descobertas arqueológicas dessas ocupações: vestígios de objetos que as pessoas usavam para viver, como instrumentos de pedra lascada, raspadores e pontas que parecem ser de flechas. Talvez parte dos instrumentos de caça tenha sido feita de materiais como madeira e dentes de animais que apodrecem ao longo do tempo e, por isso, desapareceram sem deixar rastro. Esses vestígios formam a cultura material desses povos.

Existe outra teoria sobre o povoamento da america ?
Sim. Como já dito, a mais aceita, baseada nos achados arqueológicos, é a de que os primeiros humanos nas Américas teriam vindo numa série de migrações da Sibéria para o Alasca através do Estreito de Bering, durante a última idade do gelo, entre 24 e 9 mil anos atrás.
Com o achado do fóssil de uma mulher com 11 mil anos, Luzia, encontrou-se traços que lembram os atuais aborígines da Austrália e os negros da África. Com isso, formulou-se a teoria de que o povoamento das Américas teria sido feito por duas correntes migratórias de caçadores e coletores, ambas vindas da Ásia, provavelmente pelo estreito de Bering, mas cada uma delas composta por grupos biológicos distintos. A primeira teria ocorrido 14 mil anos atrás e seus membros teriam aparência semelhante à de Luzia. O segundo grupo teria sido o dos povos mongolóides, há uns 11 mil anos, dos quais descendem atualmente todas as tribos indígenas das Américas.

Os termos raça amarela, oriental-asiática ou mongólica foram utilizados numa classificação de grupos humanos em antropologia, correspondendo a uma raça.

A Raça amarela habitam nas regiões da Ásia Setentrional, Ásia Central, Sudeste da Ásia, com maior concentração na Ásia Oriental

Outra teoria diz que os “siberianos” teriam sido precedidos por imigrantes da Oceânia, que teriam chegado, seja de barco, através do Oceano Pacífico, seja pela mesma rota terrestre da Beríngia, mas num período muito anterior. Os proponentes desta teoria afirmam que os restos humanos mais antigos que se conhecem, tanto na América do Sul, como na Baixa Califórnia, têm traços distintamente não-siberianos, parecendo-se mais com aborígenes australianos ou com negritos das Ilhas Andaman. Estes hipotéticos aborígenes americanos teriam sido substituídos pelos “siberianos” e podem ter sido os antepassados dos nativos da Tierra del Fuego (no extremo sul da Argentina e Chile), que estão quase extintos.

Estudos de genética molecular que sugerem ter havido, pelo menos quatro distintas migrações da Ásia para a América.
Outros, procuram provar que a entrada do Homo sapiens no continente americano pode ter-se iniciado entre 150.000 e 100.000 anos atrás.
Um continente tão vasto pode ter sido ocupado em diversos pontos de penetração, que incluem também a via marítima, uma vez que o nível do mar variou durante as diferentes épocas e, em certos momentos, chegou até a 150 metros abaixo do nível atual, o que significa que um maior número de ilhas existia, tornando essas viagens mais fáceis.

Existem ainda outras teorias sobre a origem dos nativos americanos:è Os nativos americanos são descendentes de europeus e africanos que atravessaram o Oceano Atlântico. Alguns apontam a semelhança física entre os Olmecas e os Africanos. Dizem ser possível navegar da África para a América numa réplica dum barco de papiro do antigo Egipto.
è A maioria das religiões dos nativos americanos ensinam que os humanos foram criados na América no princípio dos tempos e sempre ali viveram.

Existem ainda outras teorias sobre a origem dos nativos americanos:è A doutrina Mórmon diz os ameríndios são descendentes de Israelitas que chegaram à Américas cerca de 590 aC.
èNo século XIX e princípios do século XX, houve proponentes da existência de continentes perdidos, entre os quais Atlântida, Mu e Lemúria, de onde poderiam ter vindo os primeiros habitantes humanos das Américas

PRÉ-HISTÓRIA DO BRASIL

A Pré-História do Brasil se refere a uma etapa da História do Brasil que se inicia com o primeiro povoamento do território atualmente compreendido pelas fronteiras do Estado Nacional brasileiro (iniciado, acredita-se hoje, há 60.000 anos), e termina no ano de 1500, canonicamente estabelecido como o “descobrimento do Brasil”.

A Pedra do Ingá está situada no município de Ingá -Pb. Trata-se de um conjunto de pedras, onde há inscrições, cujas traduções são desconhecidas.
Nessas pedras estão esculpidas várias figuras diversas, representando animais, frutas, humanos, constelações e até a Via Láctea.

sítio de Pedra Furada, no Parque Nacional da Serra da Capivara, Piauí, foi encontrado na década de 60. Os achados (pedras lascadas e vestígios de fogueiras) datam de aproximadamente 11.000 anos, mas acreditam que possam ter até 48.000 anos. Outros vão bem mais longe - cerca de 100 mil anos - e pressupõe que o homem não teria chegado à América vindo da Ásia por terra e sim, pelo mar, já se utilizando de embarcações

Não podemos excluir nenhuma possibilidade da presença humana mais antiga na América. Os indícios propostos devem ser meticulosamente avaliados.
Muitas vezes os arqueólogos acabam interpretando os dados disponíveis de modo divergente, fazendo com que o público não saiba em quem acreditar.
Como vimos há a existência de sítios que apontam a presença do homem no Brasil há dezenas e até centenas de milhares de anos.
Ainda estamos longe de alcançar unanimidade em torno desse assunto.

De qualquer modo, no mínimo, para refletir, lançamos a questão:
“Se havia gente no sul dos Estados Unidos a 11,5 mil anos atrás e no Chile a 12.500 anos atrás, porque não acreditar que outros tenham chegado ao nosso do continente muito tempo antes? “